Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
31.3.14
Peões de brega
30.3.14
Do outro lado da linha
29.3.14
Tenho uma linha!
(Entretanto, a linha invisível está a aproximar-se: o espaço diminui à medida que o tempo avança. Quem diria que o tempo pode avançar ou recuar? A noite desalinhada foi dizendo que o tempo é um malfeitor, pois até os telemóveis necessitam de ser reiniciados sempre que a hora muda... e se não o soubermos, a ansiedade cresce mesmo que a extensão diminua...)
28.3.14
A batata, a erva daninha e os bastardos
27.3.14
As redes sociais
26.3.14
Vida que passa
25.3.14
Pessoa parou no Espírito...
Quando o saldo negativo é positivo
24.3.14
Imaginar, hoje
23.3.14
A chave de Saramago
22.3.14
O passado de pouco nos serve
21.3.14
Falta-nos a cólera do filho de Peleu
Falta-nos a cólera
Falta-nos a cólera que desfaça a desfaçatez dos tiranos
Falta-nos a cólera que dilua a untuosidade dos interesses
Falta-nos a cólera que combata a indiferença dos amorosos
Falta-nos a cólera de Aquiles
Tudo porque Zeus deixou de ter qualquer desígnio...
Nem no dia da Poesia a Deusa pode cantar o filho de Peleu...
E as aves do céu bem podem esperar!
Se a poesia queremos celebrar
Que a cólera não nos falte
A cólera...
20.3.14
A Primavera que o não é
Não é vera porque tudo soa a embuste e não é prima porque já vem gasta...
19.3.14
Com a idade aprendemos...
18.3.14
Três notas sombrias
III - À porta fechada, Passos e Seguro negociaram, convencidos da «insanável divergência». Em política, não pode haver lugar para discordâncias irremediáveis. E se tal acontece é porque a classe política não passa de um bando de jovens turcos, de juvenis convencidos!
17.3.14
A descrição
16.3.14
Pensei acampar ali
Os periquitos-de-colar ausentaram-se sem aviso prévio. No entanto, depois de olhar a copa das árvores, percebi o motivo da ausência: faltam as sementes e as bagas…
Há neste jardim uma particularidade intrigante. À exceção de três ou quatro espécies comuns, as aves não abundam. Parece que os jardins universitários perderam o pio!
Ainda assim, sempre é possível observar uma escultura vegetal em fim de ciclo e uma instalação cubista sem qualquer explicação. Cansado como ando, pensei em acampar ali…
Claro que outros olhos, mais deslumbrados, terão dado conta das hierofanias, terão ligado terra e céu, terão mergulhado no sagrado! Só que esse deslumbramento vai morrendo na velha árvore que, na melhor das hipóteses, alimenta os vermes da terra…
/MCG
15.3.14
O rei coelho descontextualizado
14.3.14
Procuro a palavra...
13.3.14
O Presidente veta, o Governo ignora o veto
12.3.14
O melro na sala de professores
Ainda pensei que fosse um corvo! Mas não, era um melro que, percorrida a galeria, entrou inconscientemente na sala à procura de migalhas.
Convencido de que ninguém o iria perturbar, percorreu o espaço e voltou a sair… e eu fui ficando a pensar em todos os que, conscientemente, transgridem os limites…
11.3.14
No limite
10.3.14
Uma geração que se vai perdendo…
(Ontem, no Museu do Teatro e no Jardim do Museu do Traje; hoje, na Biblioteca da ES Camões.)
9.3.14
O Museu do Teatro e o escolástico protótipo conversacional…
8.3.14
Ir jantar fora
e quem não tenha dinheiro para jantar!
Eu, dizem-me, fui convidado para ir jantar fora,
mas estou proibido de jantar fora e dentro!
Só uma sopinha e, talvez, um chá de ervas...
Na verdade, preferia não ir jantar fora
que fosse quem não tem dinheiro para jantar...
Assim como está, é uma maçada jantar fora!
O ideal era ir mas sem jantar...
(Poderia até sentar-me à mesa!)
7.3.14
O bâton e o verniz valem mais do que um poema
6.3.14
Polícia empata polícia
5.3.14
De todas as palavras
4.3.14
Sob a intempérie
“L’homme n’est qu’un roseau, le plus faible de la nature; mais c’est un roseau pensant. Il ne faut pas que l’univers entier s’arme pour l’écraser : une vapeur, une goutte d’eau suffit pour le tuer. Mais quand l’univers l’écraserait, l’homme serait encore plus noble que ce qui le tue, parce qu’il sait qu’il meurt, et l’avantage que l’univers a sur lui, l’univers n’en sait rien.” Blaise Pascal
É no mínimo discutível que o homem pascaliano seja mais nobre do que aquilo que o mata, pois a morte é cada vez mais uma invenção do homem. Os sinais de que certos homens preparam minuciosamente a morte dos outros homens proliferam em Portugal, na Grécia, na Síria, na Ucrânia, na Venezuela, no Quénia, na Nigéria…
Sob a intempérie, a cegonha mantém-se firme…
3.3.14
Formas atípicas
2.3.14
O céu desigual
Tudo isto me faz pensar que algum latifundiário latinista se terá lembrado de erguer a ermida «ara caelis» – o altar do céu – para que os servos pudessem uma vez por ano aproximar-se do céu, já que a terra diária seria um pesadelo.
Também eu procurei esse altar divino, mas só ouvi a fúria do vento que ramalhava os eucaliptos…
/MCG
1.3.14
Os lugares e a identidade
Nota 1: Severo Portela terá frequentava o Camões em 1918, à data da pneumónica.
http://cafecomadocante.blogs.sapo.pt/49751.html |