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22.5.12

Ambiente de Aprendizagem Dinâmico Orientado a Objeto (AADOO)

Se fixámos facilmente o acrónimo MOODLE, correspondente a Modular Object 0riented Dynamic Learning Environment, porque é que não nos habituamos ao AADOO? Será assim tão difícil de pronunciar?

Nos últimos dias, tenho frequentado esse novo «ambiente de aprendizagem», mas vão-me crescendo algumas dúvidas sobre o tipo de dinâmica e, sobretudo, sobre a natureza da estratégia de intervenção dos participantes.

Por vezes, parece criar-se uma certa empatia com o formador e até com os temas em debate, sem, no entanto, deixar de pôr em causa os objetivos, as peias e a oportunidade da formação.

Este ambiente, apesar de poder parecer caloroso, pode tornar-se claustrofóbico. E quando isso acontece, desenvolvem-se  movimentos de avanço e recuo sucessivos até que alguém pega o touro. E aí assiste-se a um relaxamento colectivo propício a novas cumplicidades e até a novas iras.

Seja como for, se fossemos consequentes poderíamos organizar de forma mais produtiva e, também, mais económica, os processos de aprendizagem, regulando-os de forma muito mais interativa.

12.2.12

A rede social de Fernando Pessoa


Vá, vamos à Gulbenkian, ver como os brasileiros, de forma simples, elegante e digital, navegam na rede pessoana!

De facto, Fernando Pessoa não inventou a internet, mas criou muitos dos conteúdos que a podem alimentar – «Sem sintaxe não há emoção duradoura.»

28.11.11

O ensurdecedor social… o mito


Se para Pessoa, o mito fecunda a realidade, sendo indispensável para a construção da identidade coletiva (Mensagem), para Pepetela o «mito serve para compensar frustração, serve de ensurdecedor social» (A Sul. O Sombreiro).

Realmente, os estudantes do ensino secundário continuam a assimilar (in)voluntariamente ideias messiânicas e sebastianistas que lhes esmagam a vontade, deixando-lhes apenas o sonho nebuloso da redenção definitiva…

Começa a ser tempo de desmontar os mitos e acabar com as mistificações criadoras de manipansos estéreis.

17.11.11

Andar para trás?

Andar para trás pode não ser mau!

Se uma empresa, por falta de financiamento, fica impedida de importar as peças de que necessita, por exemplo, para reparar uma viatura, isso não deve ser razão para desistir do negócio. Se olharmos para trás, veremos que, no passado, muitas dessas peças eram fabricadas ao torno por serralheiros que, entretanto, foram perdendo importância.

Nesse tempo, havia mais ofícios, e importava-se menos. E hoje, o que deveras nos interessa é reduzir as importações e regressar ao trabalho – lançar as mãos à obra.

Só a valorização do trabalho manual, apoiado nas novas tecnologias, poderá devolver aos portugueses os recursos para se libertarem da asfixia dos credores e dos especuladores, pretensamente, intelectuais.

Em termos de projeto educativo, as escolas deveriam criar “oficinas”, onde os jovens pudessem reaprender os velhos ofícios…

24.7.11

Maria Lúcia Lepecki

Pode parecer exagero, mas, com a morte de Maria Lúcia Lepecki, Portugal fica mais pobre. Era uma das poucas pessoas que, neste país, sabia ler e ensinar literatura – portuguesa ou francesa.
Tinha um método e aplicava-o à vista dos seus alunos. Não se apresentava como hermeneuta ou exegeta – era uma leitora metódica e perspicaz, incapaz de desprezar o receptor. Tratava-o com carinho, mesmo quando este se revelava pouco familiarizado com o texto…

Não sei se praticava a áskesis (ascese), mas, desde que a conheci, ainda nos anos 70 na Faculdade de Letras de Lisboa, até ao “encontro” sobre José Cardoso Pires, no Auditório da Esc. Sec. de Camões, sempre a vi como uma mulher virtuosa, no sentido que Diógenes de Sinope atribuía ao termo virtude. 

E para sempre assim ficará!

16.7.11

Ao ampliar…

 

Vila do Gerês

O que vemos é diferente do que pensamos ver? Ou será ao contrário?

O instantâneo aprisiona o que escapa ao raciocínio… Ao ampliar, ou filosoficamente perscrutando, através da indagação mais ou menos reflexiva, vemos o que lá estava, mas fora da nossa apreensão.

Incautos, amamos a certeza!

Mas quando a ampliamos, percebemos que deveríamos cultivar a dúvida!

14.7.11

Por aqui…

 

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«Je suis moi-même la matière de mon livre.» Essais, Montaigne

( André Gouveia, Aquilino Ribeiro, D. João V, Montaigne, Sá de Miranda, António Variações – correspondências inesperadas!)

15.4.11

Cilindro compressor, Acto 2

 (Manhã) A vacuidade das respostas da prova de exame de Literatura Portuguesa dá corpo à teoria de que os classificadores são excessivamente benévolos e, sobretudo, que testar conteúdos leccionados no 10º ano não faz qualquer sentido, isto se considerarmos a fragilidade da memória dos examinandos. Para quê sobrecarregar-lhes os neurónios?

Relidas as respostas às provas de exame das disciplinas de Português (língua materna e não materna) e de Literatura Portuguesa, percebemos a opção das duas últimas décadas: a aposta nas competências. A substituição do ‘conteúdo’ pelo ‘continente’, do miolo pela casca!

E este é o caminho que origina a ‘geração à rasca’! Uma geração que começa a compreender que alguém lhe serviu a casca, apropriando-se do miolo. O que, de modo nenhum, significa que estejamos perante uma geração desmiolada!

(Tarde) A aplicação da catequização processa-se de forma mais ou menos tranquila, pois o problema a resolver consiste em responder de acordo com o ESPÍRITO do GAVE. Quem sabe se as ‘línguas de fogo’ nos iluminaram os neurónios?

Da minha passagem por este “secador”, fiquei sem compreender a “teoria” que me reduziu a uma “estrutura” que, no meu caso, me situa entre os 55 e os 65 anos…

(O Acto 3 segue dentro de dois meses e prevê-se que o drama termine num Ato 4, em forma de relatório de 3 páginas A4, no início do próximo ano lectivo.)

14.4.11

O cilindro compressor…

Incapaz de agir a montante, o ME encarregou o GAVE de resolver o problema a jusante. E para o efeito, pôs em marcha o cilindro uniformizador. Este, no essencial, selecciona uma fonte de erro – o professor classificador – e submete-o, em regime intensivo, a uma lavagem ao cérebro que faz lembrar os velhos cursos de cristandade que, também, eles almejavam a fiabilidade intersubjectiva, em nome do ESPÍRITO de (DEUS / GAVE).

Apesar dos assomos de revolta dos catecúmenos, este adaptam-se rapidamente, pois vêem na estratégia seguida o caminho redentor que lhes permitirá replicar a boa nova, eliminando definitivamente os escolhos que ensombram o percurso dos respectivos neófitos.

(O Secador, Final do 1º Acto)

6.3.11

Ponto de vista…

Foi aqui que me tornei funcionário público, a 2 de Janeiro de 1975. Durante os 3 anos que lá passei nunca vi o Liceu nesta perspectiva – a de quem o observa do pátio da vetusta Academia das Ciências. Nesse tempo ainda não sabia o que era o ponto de vista!
(A foto do Passos Manuel desapareceu!
Também, à época, me faltava a perspectiva de que a azinheira forma o bugalho a partir do ovo da vespa colocado no interior dos rebentos… e, fascinado, jogava com eles como se mais não fossem que berlindes!
A ignorância ofusca e esmaga!