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28.11.14

Apologia da indigência

O indigente é, por definição minha, alguém que vive em estado de penúria voluntária.
O indigente pode ser inteligente, loquaz, visionário, sedutor. Só não pode Ter!
O indigente não tem casa nem tem conta bancária, abdica de qualquer pensão, embora não despreze viver numa bela mansão...
Despojado de bens materiais, o indigente cultiva a amizade de Platão e senta-se à mesa de seus iguais. Por isso não espanta que seja acusado de viver do que não é seu e de ser misógino, apesar de venerado pelas mulheres...

O indigente detesta ser esquecido e por isso ama a praça pública, o palco e o poder. Qual Cristo está pronto para beber o fel até à última gota desde que possa regressar, não interessa o dia nem a hora...
O indigente é inteligente e misógino. Só não paga impostos porque, por definição minha, não pode TER.
O indigente estuda Filosofia e Ciência Politica porque só pode SER.