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28.6.15

Os gregos desafiam o eurismo

A política, ao contrário da poesia que acrescenta, só restringe!
Tendo uma origem comum, poesia e política seguem caminhos opostos. 
No início, os políticos eram poetas cujas palavras defendiam o reconhecimento do trabalho da maioria. Hoje, os políticos defendem abertamente o empobrecimento da maioria.
Hoje, há uma linha que separa nitidamente a poesia ( a arte, a ciência, a filosofia, a religião), da política -  o eurismo - forma regional do capitalismo mundial.
E se isto acontece é porque a união europeia deixou de se nortear por valores humanistas! Hoje, o discurso político faz tábua rasa de todo e qualquer valor, pois serve apenas o euro!
Os próprios ministros não se diferenciam: ou não têm a voz ou vociferam contra a maioria em nome do euro.
(...)

Os Gregos ousaram desafiar o eurismo e, hoje, estão a tomar consciência de que têm à sua frente a possibilidade de se libertarem da ditadura do euro. Mas será que é esse o caminho que desejam?
Se escolherem dizer não ao euro, mais não estarão a fazer do que seguir o caminho dos povos que nos séculos XIX e XX disseram não aos seus "libertadores".



27.6.15

O suborno de Feiga-Ita

«Mesmo assim, Marc Chagall, após ter completado o cheder, a escola primária judaica, conseguiu frequentar a escola oficial municipal a que os judeus, em princípio, não tinham acesso. Para tal a mãe, Feiga-Ita, agiu energicamente, subornando o professor.» Ingo F. Walther / Rainer Metzger, Chagall, Taschen / Público

Não sei como é que Feiga-Ita terá subornado o professor, a verdade é que esse gesto foi fundamental para que Chagall se tivesse libertado das teias que o prendiam à pobreza material e, sobretudo, cultural de Vitebsk que discriminava os judeus... 

Cheguei a esta informação por um percurso pouco linear, mas coerente. Gaston Bachelard, ao estudar os pintores em cuja obra está presente o direito de sonhar (le droit de rêver) encaminhou-me para artistas como Claude Monet e Marc Chagall...
(...)
Se considerarmos os últimos acontecimentos na União Europeia, parece que os povos do Sul estão condenados à pobreza e à discriminação cultural...

Será que não há por aí uma Feiga-Ita capaz de subornar o senhor Wolfgang Schauble?


31.3.15

Os homens sentados


 (Região de Saúde Lisboa e Vale do Tejo)

O novo Centro de Saúde de Sacavém está situado em Moscavide, quase escondido... Sobretudo para quem mora na Portela... Os acessos estão prontos, mas encerrados! Provavelmente, serão abertos numa futura ação de campanha eleitoral, lá mais para o verão... Resta saber quem é que irá cortar a fita. 

Não quero crer que seja o presidente do município de Loures, Bernardino Soares*, que acabo de ver referido no livro Estes Políticos devem estar Loucos, pág. 145, de Catarina Madeira e Márcia Galrão. 
Um livro que mostra à evidência a boçalidade de muitos daqueles que, ao longo dos tempos, se foram sentando na bancada do governo e nas cadeiras parlamentares, apesar de, no prefácio, João Mota Amaral, ter esperança que esta obra ajude, não os leitores, mas os eleitores:
«E assim recolhem os eleitores uma imagem dos seus deputados mais humana e próxima, que espero contribua para melhorar a simpatia dos Portugueses para com o Parlamento, que os representa no exercício supremo da soberania de Portugal.»

* Mas era Bernardino Soares quem fumegava cada vez que Gama concedia a Nuno Melo o direito de «defesa da honra», pois ele, fiel cumpridor das regras parlamentares, jamais fintaria o árbitro para levar o jogo ao prolongamento.    Esclareça-se «defesa da honra da bancada.»

Pessoalmente, compreendo que o parlamentar possa ter necessidade de «defender a honra», sobretudo quando maltratado pela sua bancada. Mas, quanto à «honra da bancada», tenho dificuldade em reconhecê-la, até porque ela, em regra, asfixia a liberdade do deputado.

A estrada da liberdade existe, mas o acesso está encerrado...