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19.1.14

Na Turquia, ainda há quem sorria...


Durante o dia, procurei informação sobre a situação política na Turquia e o resultado não foi nada positivo.
De acordo com as agências noticiosas, parece estar a decorrer uma purga que vai afastando todos aqueles que, de algum modo, lutam pela liberdade de expressão. 
Oficialmente, o afastamento de milhares de funcionários públicos visa combater a corrupção e a fuga de capitais...
A situação torna-se preocupante, entre outros motivos, porque o governo turco está a dificultar o acesso à Internet, designadamente às redes sociais... Apesar de tudo, por mais negra que seja a situação, ainda há por lá quem sorria...

16.12.13

Ecos da Turquia

Em Gramática das Civilizações (1963/1987), Fernand Braudel escreveu: «Como todas as sociedades, a muçulmana tem os seus privilegiados, pouco numerosos, por isso mais poderosos.» Para, ao referir-se à sociedade turca, registar a ação de Mustafá Kemal, autor de um «teste brutal e genial que soube abrir brechas num bom número de pretensos tabus da civilização muçulmana».
Em poucas palavras, o que estava (e está) em causa é «a emancipação da mulher, o desaparecimento da poligamia, as limitações ao repúdio unilateral pelo marido, a supressão do véu, o acesso às universidades e à cultura, aos empregos, ao direito de voto...» (pág.108, ed. Teorema, 1989)
Em 2013, o que procuro conhecer é em que fase se encontra a Turquia, de modo a entender quais são os obstáculos (endógenos e exógenos) à sua integração nas «civilizações europeias» e, simultaneamente, na União europeia...

Num mundo em que as comunicações são cada vez mais fáceis, esta minha pergunta indireta resulta de ter recebido o seguinte esclarecimento, a propósito da utilização de um telemóvel levado de Portugal: «na Turquia és obrigado a comprar um telemóvel turco, por causa das redes e taxas, coisas estranhas...»