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6.6.15

Para lá do ponto final

Para lá do ponto final, ainda parece haver algum tempo... Suspenso das reticências, vejo-me obrigado a pensar no que fazer. Há sempre uma quantidade enorme de papéis e de ferramentas que esperam por arrumação, mas será essa a melhor forma de aproveitar algum talento que possa ter?
O problema é que, ao contrário da parábola dos talentos, estes não me foram dados. Se algum ainda tenho, terei que ser eu a descobri-lo e a pô-lo a render.

Pode ser que, por entre tantos papéis e ferramentas, acabe por encontrar um caminho que me impeça de me tornar uma inutilidade. 
E os apelos à gratuitidade não faltam! 

1.5.15

Eu não sou viral

Concluo hoje que não sou viral, ou seja tudo o que digo ou escrevo não se espalha como se fosse um vírus. 
Ontem, referi-me ao problema colocado por quem procura evitar a especialização dos jovens, determinando, no entanto, que devem saber ler e escrever "textos complexos"... e já antes me referira à estreia do filme Uma Rapariga da Sua Idade... Entretanto, pedira a uns tantos jovens que opinassem, por escrito, sobre o provérbio "Do trabalho e da experiência, aprendeu o homem a ciência". 

E estou satisfeito por não ser viral, pois cedo conclui que se o fosse estaria a ser infantil e que o estado de infantilidade parece ser o verdadeiro desiderato de quem nos 'programa'... Na verdade, o provérbio, apesar de ser uma forma simples, revela-se um texto complexo... a maioria não chega a perceber nem o que é a ciência  nem que ela resulta da conjugação ativa do trabalho (criativo) com a experiência (vívida)....
Talvez por essa razão, voltei à Culturgest e tornei a ver o filme Uma Rapariga da Sua Idade, dando mais atenção à linguagem verbal e gestual dos protagonistas, o que me permitiu compreender a complexidade do texto "dramático"... Por outro lado, o Márcio Laranjeira, a Mariana Sampaio e o Alexander David, ao responderem às perguntas do público, revelaram que a autenticidade da obra (do tal texto complexo) resulta não só do trabalho e da experiência mas, sobretudo, da emoção que não se deixa capturar pelo simplismo imediato e populista...
Eu não sou viral porque fujo da gabarolice e sei que a simplicidade é inimiga da infantilidade.