No tribunal decidir-se-á quão próximos ou distantes estaremos da solução fascista.
Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
30.6.13
A coexistência declarada num estado amordaçado
No tribunal decidir-se-á quão próximos ou distantes estaremos da solução fascista.
29.6.13
Peniche, caminho sobre o pontão
Caminho sobre o pontão, e, durante alguns minutos, penso que não terei que voltar para trás e, sobretudo, penso que já escrevi que não posso regredir.
Mas não é verdade! Esgotado o betão, e não me atrevendo a lançar-me à água, olho o azul do mar dos evadidos Álvaro Cunhal e camaradas, e regresso sobre mim, contrariado, pois pressinto a traição da caminhada: um cansaço indizível apodera-se de mim e as palavras enredam-se esverdeadas num cercado abandonado…
/MCG
28.6.13
O cerco
O mais fácil é remeter-me ao silêncio, engolir em seco, emudecer. No entanto, a luta pela sobrevivência exige que nos enraizemos nas areias movediças e que sigamos em frente.
Se os espinhos surgem no caminho é porque a esterilidade do solo assim o determina. Ao ouvir certos governantes, parece que os rebeldes germinam maleficamente de per si, e que bastará cercá-los durante horas, conduzi-los ao campus justitiae para que, humilhados, desistam de lutar pela sua própria vida.
Os transportes aéreos e terrestres podem ser paralisados durante dias; os hospitais podem deixar os doentes à porta e as cirurgias podem ser adiadas; os estivadores podem suspender o movimento de carga e descarga durante meses; os banqueiros podem deixar ocupar os seus próprios bancos por todo o tipo de escrocs; os governantes podem despudoradamente servir interesses ocultos…
…todas estas ações estão legitimadas, independentemente dos prejuízos…
…só três centenas de manifestantes não têm o direito a fazer um corte temporário de estrada se esse era, de verdade, o seu objetivo.
A igualdade é, afinal, bem desigual!
27.6.13
Jogos verbais
26.6.13
Os mabecos
25.6.13
Vitória de Pirro
24.6.13
Silva Carvalho e Mário de Carvalho
23.6.13
Uma rara e madura subtileza
22.6.13
Da falta de rigor...
21.6.13
E se deixássemos de pensar?
20.6.13
Estranho o rigor ou a falta dele
19.6.13
«Como de costume»
«Enquanto nada ou ninguém nos impede de fazermos «como de costume», poderemos continuar assim indefinidamente.» Zygmunt Bauman, A Vida Fragmentada
Na Rua dos Actores, Portela LRS, parece haver quem queira contrariar a rotina. Resta saber porquê. E já, agora, conhecer o desenvolvimento que dificilmente trará a felicidade, como nos quiseram convencer todos aqueles que nos inundaram de fórmulas mágicas como a História e a Razão:« a Razão da História, ou a História como obra da Razão, da Razão que chegava a si própria através da História.» Op.cit.
As fórmulas mágicas da modernidade capitularam diante da lei inscrita no sistema competitivo da economia global: maximizar os benefícios económicos.
De acordo com esta lei, o que os filósofos, os historiadores, os professores e os pregadores dizem pouco conta, por mais que estejam convencidos do contrário.
Começo a ficar convencido que este meu vizinho também decidiu mandar às urtigas a ética, rompendo com o «costume», ao estacionar a viatura no meio da rua, dificultando a tarefa aos restantes automobilistas e, sobretudo, bloqueando a saída vá lá saber-se de quem! Mas ele sabe…
18.6.13
As consequências de uma escolha
17.6.13
Prova de Português 12º Ano
/MCG
16.6.13
Não vá o coração estoirar de cansado
15.6.13
Contra o dictat de um iluminado
14.6.13
Muda-se a lei...
13.6.13
A dieta e a política
Gosto do cartaz! O futuro ex-presidente, entroncado e pujante, faz avançar o delfim, um pouco mais magro, mas que já partilha a gravata e o alfaiate…Um dia partilhará a gordura, mas sem sinal de colesterol ou de triglicerídeos. É uma gordura fina, porcina… mas nobre!
E não posso deixar de me sentir confiante: nenhum deles passou fome até ao momento! Eu aprecio um autarca rotundo à entrada de uma qualquer rotunda. É sinal de prosperidade!
Entretanto, quando olho para o Borges, para o Passos, para o António Saraiva…, preocupa-me aquela magreza. Será da dedicação à causa pública? Estarão doentes? Ou também haverá uma magreza fina!
E, finalmente, não consigo enquadrar nem o Cavaco nem o Gaspar! Lembram-me o Salazar! Chova ou faça sol, estão sempre na mesma…
12.6.13
Sobressaltos
11.6.13
Em greve...
10.6.13
Este é o dia da situação
9.6.13
Duas instalações na Gulbenkian
8.6.13
O inimigo invisível
6.6.13
Tudo é...
5.6.13
O medo e a angústia
4.6.13
Crato na antena
3.6.13
Na quinta democrática
De repente, a notícia dá conta da proliferação de vacas: umas, sagradas, outras, gordas e outras, ainda, magras. Os bezerros desataram à marrada na esperança de desalojar os velhos sacerdotes do templo democrático.
Compreende-se! Com a chegada do verão, o pasto vai secando e minguando.
Ainda pensei que seria mais adequado intitular este post “No estábulo democrático”, mas lembrei-me que deixaria de fora os coelhos, as doninhas e os ratos de cidade…