29.4.11

Ideias para sair da crise…

Se a ideia é reter os subsídios de férias e de natal, transformando-os em certificados do tesouro, correndo o risco de se apagarem no dia em que oficialmente for confirmada a bancarrota, porque não utilizar os referidos subsídios para amortizar dívidas? (crédito à habitação, automóvel, consumo…)
Era uma forma de recapitalizar as exauridas instituições financeiras e, simultaneamente, diminuir a dívida do cidadão que, com o agravamento das taxas de juro, a diminuição dos rendimentos ou mesmo a perda de emprego, corre o risco de deixar de ter condições para satisfazer os encargos que, ingenuamente, foi acumulando nos últimos anos.
Com tantos economistas e especialistas em finanças já algum se deve ter lembrado desta medida! No essencial, o Governo deveria, pelo menos, dar a hipótese ao cidadão de decidir como ajudar o País a sair desta embrulhada.
No meu caso, estou pronto a acelerar a amortização das minhas dívidas… aplicando os referidos subsídios. E quem as não tiver? Esses também deveriam pensar na melhor maneira de evitar a queda no abismo.
E se a TROIKA pedisse algumas ideias ao cidadão comum?

28.4.11

E sei bem…

 Escondes-te da luz

e eu tropeço em círculos não de ti

mas de mim!

E sei bem que a imagem já foi tua!


                                                    

27.4.11

Cainhez de vida…

Há alguma vantagem em criar um órgão a que falta função? (Aquilino Ribeiro, Aldeia, 1946)

Há quem afirme que a resolução da crise passa pela reposição do escudo, pelo consumo de produtos portugueses e pela diversificação das exportações.

A ideia parece radical, mas, para muitos - os pobres -, este tese  não traz qualquer perigo.

E, de facto, a quem interessa o euro? A todos os que se habituaram a um estilo de vida “europeu”, sem, de verdade produzirem o suficiente para o justificar.

E porquê? Porque desde que a CEE abriu a torneira, desatámos a criar órgãos a que faltava a função…

Estará a TROIKA consciente desta nossa peculiaridade?  Se não estiver, os pobres ficarão mais pobres; os remediados ficarão pobres; os ricos ficarão mais ricos!

24.4.11

Palco aos novos…


Uma criação colectiva que prescinde da figura do encenador, mas que valoriza a encenação. Por outro lado, o que parece discurso estereotipado transforma-se progressivamente numa forma de afirmação que rejeita a lamúria e a explicação culpabilizante. Se mais não houvesse, bastariam estes dois argumentos para que a sala do Teatro Turim esgotasse!
PS: Na sessão das 17 horas, de hoje, domingo de Páscoa, três belas actrizes representaram para 8 espectadores. Um privilégio, mas não abusemos!

23.4.11

Ovos de Páscoa


Trouxe-os de longe /
em sonhos de ouro /
berlindes de infância / 
arautos de ninfas…

E agora vão fora /
ovos de Páscoa…
      

22.4.11

Teixeira dos Santos

Teixeira dos Santos, desde 2005, ministro da fazenda, voluntaria ou involuntariamente, delapidou-a ou deixou delapidá-la. Num país com poucos recursos, este ministro não pode receber ordens! Compete-lhe interpretar, a cada momento, a situação financeira do país, impedindo que a megalomania dos seus pares, ou mesmo do primeiro ministro, arruine o país.
Vista a questão deste modo, este ministro das finanças revelou-se um homem sem o carácter exigido pelas circunstâncias!
De qualquer modo, não faz  sentido o alarido criado em torno da sua ausência da lista de candidatos a deputados do Partido Socialista.
Como escreveu Aquilino Ribeiro em Aldeia, Terra, Gente e Bichos (1946): «O português resigna-se a tudo menos a não ter opinião ou a não deitar a sua sentença. E como se julga o mais competente, vá de impor-se e não permitir que os outros pensem diferentemente. O nosso sectarismo e mesquinhez social estão muito nisto.»  

21.4.11

Ao contrário de Sísifo...

No tempo em que o vinho parecia ser para todos, não havia quem quisesse saber de nós, a não ser para nos filar as colónias. Desfeito o império, regressámos às origens, acreditando que a Europa nos acolheria e nos recompensaria da longa viagem e da longa diáspora...
Agora, sob o olhar arrogante dos poderosos, digladiamo-nos como se não houvesse amanhã! No entanto, se quisessemos, poderíamos traçar novo rumo: aplicar as nossas energias na terra e no mar. Nem sequer era preciso o longe, porque o eldorado  esteve sempre perto, senão em nós mesmos...
Se começassemos por valorizar o trabalho, por descobrir novos trabalhos, em vez de aceitarmos os inúteis trabalhos de Sísifo...  talvez o vinho fosse merecido, fonte de vida, e para todos!
/MCG