7.3.13

O regresso de Salazar

Porque nasci durante o Estado Novo, não me custa compreender o atual objetivo de baixar os salários. 
Salazar desenhava e controlava o orçamento do estado com mão de ferro. O equilíbrio das contas era assegurado da forma mais primária: grande parte da população era esquecida; vivia isolada; emigrava clandestinamente... O povo mais não era do que bala para canhão...
Salazar tinha o seu galinheiro privativo e não consta que apreciasse as importações.
 
Na verdade, Coelho, Gaspar, Borges e Moedas não pensam de modo diferente: reduzir e congelar salários e pensões é a forma mais simples de contentar os credores, sem olhar aos efeitos.
 
E ainda há quem defenda que vivemos em democracia. Triste democracia! O pensamento é o de Salazar e não consta que ele apreciasse a democracia...
 

6.3.13

Tribunal arbitral decide serviços mínimos

Amanhã, 07.03.2013, deverão ocorrer perturbações nos autocarros, em Lisboa, já que foi convocada uma greve na Carris, entre as 8h e as 16h. Neste caso, o tribunal arbitral definiu como serviços mínimos a realização integral de 11 carreiras (703, 735, 736, 738, 742, 744, 751, 758, 759, 760 e 767).
 
Seria bom que o Tribunal arbitral esclarecesse o critério para definir os serviços mínimos na greve da Carris.
Por exemplo, amanhã,  os habitantes da Portela (Lisboa Norte) deslocar-se-ão para a Lisboa: a pé, em veículo de duas rodas, ou de automóvel.
 
A bem da higiene e da poluição!
 

5.3.13

Enfado

Se pudesse apagar-me...
    sinal seria de que a minha presença tacitamente se esbateria
    deixaria de responder à vaidade matinal e à soberba crepuscular

Esconderia o olhar
    escutaria as vozes límpidas
... mesmo se uma parte dos fonemas se esbatesse no ar

Constrangem-me a vaidade e a soberba
    a responder à soberba matinal e à vaidade crepuscular

Se pudesse apagar-me...
... mesmo se uma parte dos fonemas se esbatesse no ar

4.3.13

Na Toca

Hoje, o Governo continuou na toca à espera que a trovoada passe. Talvez lá para a Primavera o tenhamos de regresso e nos venha dizer que a intempérie passou…

Com um pouco de sorte, o céu poderá regressar ao azul, o sol poderá voltar a incendiar os corpos, e, aí, os portugueses avançarão pelo oceano sem regresso.

3.3.13

Abra-se a vala!

Em tempo de aluvião, há quem não pense duas vezes. Abre-se a vala e depois logo se verá... O coveiro já desistiu de olhar para o Céu! O Grande Arquiteto parece ter abandonado a Obra...
Mas há, em Portugal, decisores capazes de atribuir oito euros e noventa cêntimos (8,90 €) de rendimento social de inserção.
Abra-se a vala!




2.3.13

Xikeliwu 细颗粒物

Finalmente, o nevoeiro desapareceu dos céus de PEQUIM!  A capital está, a partir de agora, coberta  por "matéria de partículas finas" (PM 2,5)...
Para a criação da nova palavra « xikeliwu», foi necessário o contributo de meteorologistas, ambientalistas e linguistas.
Finalmente o nevoeiro desapareceu, mas continua a morrer-se da mesma causa... 
 
O que me faz lembrar o sonho acalentado por grande parte dos portugueses, governo inclusive: Abaixo a Troika!
Desaparecida a Troika, o país continuará literalmente coberto pela atávica «matéria de partículas finas».
XIKELIWU! Com passo ou sem passo!


1.3.13

Com passo ou sem passo...

E o Céu vai-se cobrindo de cinza fria!
Talvez, amanhã, o sol brilhe por um instante!
Claro que os fiéis respiram esperança e a Grândola irá cumprir a sua função, mas, ao cair da noite, o «clássico» impor-se-á...
De qualquer modo, com passo ou sem passo, o Céu cobrir-se-á de cinza fria para as vítimas.
Só que elas ainda não sabem...