30.8.18

Uma vergonha!

Miradouro Panorâmico de Monsanto

Nem sei o que pensar! 
E ainda dizem que em 2017, procederam a limpeza e instalaram segurança…
Se é para deixar o edificado no estado em que se encontra, o melhor é deitá-lo abaixo.
Senhor Presidente da Câmara, Fernando Medina, vá até lá e diga-nos se tal edifício vai continuar no estado em que encontra…

29.8.18

Com a porta fechada

Mesmo com a porta fechada, há forma de se saber se estamos dentro se fora… O que parece é que escancaramos cada vez mais as portas na esperança de que nos reconheçam algum mérito, não interessa qual. 
Desde que superemos o outro, o método pouco interessa. Do outro, esperamos que simplesmente nos dê alguma atenção, que nos inveje…
Talvez seja por isso que começámos a fechar as portas - o outro também quer ser invejado… e chama-lhe direito.

28.8.18

Longe de mim dizer mal...


Longe de mim dizer mal, mas há evidências que não enganam. Estas fotos foram tiradas esta manhã, aqui, na Portela de Sacavém / Loures (?), num percurso de 150 metros...
Evidências de quê? 

- Falta de limpeza
- Falta de organização
- Falta de responsabilidade

Disseram-me, entretanto, que há na freguesia (Moscavide e Portela) um "novo dono disto tudo", que não faz nada a não ser propaganda... Será verdade?
O lixo fica nos passeios esburacados, as plantas medram, as obras de urgência deixam vestígios… até o que devia estar devidamente protegido se oferece despudoradamente aos incautos: crianças, adolescentes desocupados…

Isto não significa que não haja espaços urbanos bem cuidados, o que não se entende é o critério…
Por exemplo, nuns sítios os candeeiros públicos estão apagados, noutros até há lâmpadas "tutti frutti"..., para não ficar atrás da Amadora…
Nem toda a responsabilidade será da Junta - dir-me-ão que é da CM de Loures! Pode ser. Mas para que é que serve a Junta?


27.8.18

O olhar preso

Se a perda de memória impressiona, a fixação em certas memórias ainda impressiona mais, sobretudo, quando o desfecho era inevitável…
O olhar preso destrói a vida, torna-a absurda, como se o único objetivo fosse recuar até um ponto descontínuo e desconfigurado…
Se me perguntam por que motivo rasgo tantos papéis, é porque sei, agora, que eles se tornaram um peso inútil; sei agora que o importante é a sombra das árvores… tanto sol!

26.8.18

O que impressiona

«O que impressiona é a perda da memória, o sair das relações reais… A própria perda da memória insensibiliza. Você não tem ternura nem ódio às pessoas, porque não se lembra delas, não as conhece...» José Cardoso Pires, entrevista ao JL, 21.05.1997

a rasgar papéis, continuo... 
como aquelas oliveiras que não chegaram a ser minhas…
as figueiras, asfixiadas
perdem sentido
porque um dia por pensar
parti
papéis em vez de árvores
Já nem a sombra!

25.8.18

A rasgar papéis

Estou aqui a rasgar papéis,
a rasgar o tempo
e só me lembra a sombra de árvores, 
desejada…
Enchi papéis, 
preenchi o tempo e só choro a sombra das árvores, 
perdidas…
Tenho pena de rasgar estes papéis, 
de rasgar aquele tempo, 
que hei de fazer... 
Talvez ainda sobre uma árvore…
A rasgar papéis inúteis,  
rasgo outro tempo, 
quem quer saber daquelas árvores…
Por mim, deixava aqui todos estes papéis,
todas estas árvores,
não, o melhor é esquecer aqueles incêndios...

24.8.18

O comboio de Caminha

Passava o comboio, nele viajava sua excelência o presidente do conselho. Discreto. Parecia um relógio suíço...
Passava, lento, o comboio, nele o adubo mergulhava na noite que o dia era de sementeira...
Passava o comboio, nele a tropa adormecida seguia viagem sem bilhete de volta. Partia em defesa da pátria do outro lado do mar...
Passa o comboio, vai para Caminha ao encontro do Primeiro. Leva o rebanho, seguro que a Hora não pode ser desperdiçada...
No cais, estamos nós a ver passar o comboio...