A morte anunciada de lumumba
Patrice
Lumumba diz ao rei da Bélgica, Balduíno I, que a independência do seu país é um
passo decisivo para a libertação de todo o continente africano, e dita, com
estas palavras, o próprio destino. Nomeado primeiro ministro em exercício,
passa a viver em regime de residência fixa depois de um golpe de estado
liderado pelo coronel Mobutu e apoiado pela CIA. A 28 de Novembro de 1960,
Lumumba tenta evadir-se, mas é preso logo em seguida, a 2 de Dezembro, em Port
Francqui. Transportado num DC3 para o aeroporto de Léopoldville, Lumumba é
violentamente empurrado para dentro de um camião. Um soldado puxa-lhe a cabeça
com força para trás a fim de proporcionar uma melhor perspectiva do seu rosto
aos fotógrafos. Foi a última foto de Lumumba vivo.
A
18 de Agosto de 1960, o Conselho de Segurança, em Washington decidira
eliminá-lo, ao mesmo tempo que os militares belgas apoiavam Moisés Tshombé, que
anunciara a secessão do Catanga...
Feito
prisioneiro e depois entregue aos seus inimigos do Catanga, o arauto do
nacionalismo africano é torturado até à morte, a 17 de Janeiro de 1961. O corpo nunca foi encontrado.
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