20.5.25

Procuremos os atalhos

 

Deixemos as praças e procuremos os atalhos.
Neste atalho esquecido, mora uma amoreira que não renega a sua missão.
Uma amoreira frustrada, porque os milhares de frutos não chegam a amadurecer.
Talvez porque as amoras lhes pareçam uvas maduras, as aves do lugar e dos arredores devoram-nas ou deitam-nas ao chão.
A frutificação revela-se incompleta porque um agente externo não tem paciência para esperar - a fome é má conselheira.
Como bem sabemos, a fome não explica tudo. É sobretudo, a avidez que nos move e, frequentemente, a ignorância e a estupidez.

Daqui a um mês, já não haverá vestígio de amoras. O mesmo não se poderá afirmar da estupidez e da ignorância...

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