4.9.18

O passe social nacional

Por pouco que seja...
Em nome da solidariedade, transformar o orçamento de estado num poço sem fundo é um logro. A ideia de que água é inesgotável não tem fundamento, nem roubando-a ao vizinho…
Parece que está a chegar o passe social nacional! 
Num país em que não há dinheiro para comprar um comboio, para aliviar o imposto sobre os combustíveis, para baixar o custo das portagens, para reparar as estradas, ainda há quem  nos queira convencer que, baixando artificialmente o custo do transporte coletivo, seremos todos mais felizes e que até o ambiente sairá beneficiado… (Isto revela um pensamento político miserabilista e, sobretudo, estéril.)
Não há pachorra! Basta viajar nos transportes coletivos para perceber que não passam de geringonça terceiro-mundista.
Neste clima de café em chávena fria sem princípio nem fim - o poço sem fundo - preparemo-nos para assistir ao crescimento da extrema-direita…

A extrema-direita ganha força por toda a Europa e Portugal é comummente referido como exceção. No entanto, a verdade é que está a reorganizar-se em Portugal, reciclando o seu discurso e formando novas organizações. As atividades têm-se multiplicado nos últimos tempos, seja nas redes sociais ou nas ruas do país, ainda que pontuais e marginais. Em termos eleitorais, este espetro político continua residual - e o primeiro teste poderão ser as legislativas de 2019. De quem é a responsabilidade?

O fim do regime está à porta!

2.9.18

O poço

O poço
O meu país é um poço. Tem alguma água e já teve mais… Hoje em dia vive da ribeira, o que significa que está à mercê do clima e, como se sabe, o clima está à mercê da ganância humana…
Já lá vai o tempo em que este poço alimentava a horta de quem não sabia o que era um supermercado…
Depois o meu país trocou a horta pelo supermercado e a ribeira pelo financiamento externo… Desde essa data, o poço ficou à mercê das silvas e como é visível, os silvas são implacáveis, mas não gostam que lhes lembrem que vivem de subsídios… até que um dia acabarão por morrer de sede…

1.9.18

Uma Esquerda subsidiodependente

Durante muito tempo sonhei com uma sociedade mais justa e pensei que a Esquerda poderia ter um papel importante na realização desse objetivo… uma sociedade mais culta regida por valores humanistas…
Por razões que a História explica, Portugal teve, a partir de 1974, a oportunidade de criar as bases dessa nova sociedade. Mas desaproveitou-a. 
A Esquerda nunca soube promover o desenvolvimento da produção interna - preferiu importar ideias e bens e... assegurar  a sua base eleitoral, recorrendo a uma absurda política de subsídios…
A Esquerda quer subsidiar tudo, aproveitando os fundos europeus, os empréstimos internacionais e tomando de assalto os contribuintes…
Esta Esquerda começa a não ser muito diferente daquela que governa a Venezuela… Agora a Esquerda quer um passe único para a zona metropolitana de Lisboa. E quem vai apagar?

(Da Direita nunca esperei nada, confesso.)

No país dos subsídios, ganha-se cada vez menos. 
Talvez um destes dias, alguém venha a concluir que melhor seria remunerar devidamente o trabalho e, assim, acabar com a subsidiodependência. 
O problema é que não vejo ninguém nem à Direita nem à Esquerda.
Infelizmente, a Esquerda, passados tantos depois da revolução de 1974, continua a produzir pobreza...

30.8.18

Uma vergonha!

Miradouro Panorâmico de Monsanto

Nem sei o que pensar! 
E ainda dizem que em 2017, procederam a limpeza e instalaram segurança…
Se é para deixar o edificado no estado em que se encontra, o melhor é deitá-lo abaixo.
Senhor Presidente da Câmara, Fernando Medina, vá até lá e diga-nos se tal edifício vai continuar no estado em que encontra…

29.8.18

Com a porta fechada

Mesmo com a porta fechada, há forma de se saber se estamos dentro se fora… O que parece é que escancaramos cada vez mais as portas na esperança de que nos reconheçam algum mérito, não interessa qual. 
Desde que superemos o outro, o método pouco interessa. Do outro, esperamos que simplesmente nos dê alguma atenção, que nos inveje…
Talvez seja por isso que começámos a fechar as portas - o outro também quer ser invejado… e chama-lhe direito.

28.8.18

Longe de mim dizer mal...


Longe de mim dizer mal, mas há evidências que não enganam. Estas fotos foram tiradas esta manhã, aqui, na Portela de Sacavém / Loures (?), num percurso de 150 metros...
Evidências de quê? 

- Falta de limpeza
- Falta de organização
- Falta de responsabilidade

Disseram-me, entretanto, que há na freguesia (Moscavide e Portela) um "novo dono disto tudo", que não faz nada a não ser propaganda... Será verdade?
O lixo fica nos passeios esburacados, as plantas medram, as obras de urgência deixam vestígios… até o que devia estar devidamente protegido se oferece despudoradamente aos incautos: crianças, adolescentes desocupados…

Isto não significa que não haja espaços urbanos bem cuidados, o que não se entende é o critério…
Por exemplo, nuns sítios os candeeiros públicos estão apagados, noutros até há lâmpadas "tutti frutti"..., para não ficar atrás da Amadora…
Nem toda a responsabilidade será da Junta - dir-me-ão que é da CM de Loures! Pode ser. Mas para que é que serve a Junta?


27.8.18

O olhar preso

Se a perda de memória impressiona, a fixação em certas memórias ainda impressiona mais, sobretudo, quando o desfecho era inevitável…
O olhar preso destrói a vida, torna-a absurda, como se o único objetivo fosse recuar até um ponto descontínuo e desconfigurado…
Se me perguntam por que motivo rasgo tantos papéis, é porque sei, agora, que eles se tornaram um peso inútil; sei agora que o importante é a sombra das árvores… tanto sol!