5.1.19

Apenas fiapos

Passaram sete anos e outros sete, dois ciclos concluídos!
Do que vem não se sabe em que ponto já vai e se respeita a predição… 
O que não faz sentido é desperdiçar o tempo a pensar nisso, até porque nada obriga a que haja renovação… 
Apenas fiapos de resignação.
Enquanto o fiozinho não se rompe, sigamos o caminho… depois alguém dirá o que tiver a dizer…

4.1.19

OURO

As cadeias estão lotadas. Não há dinheiro para construir novos estabelecimentos prisionais. Nem há dinheiro para valorizar as carreiras dos carcereiros…
(..)
Não faz sentido prender cidadãos tão impolutos… Se porventura algum pecado cometeram, uma penitência leve, com o acréscimo do pagamento balsâmico de uma ou outra indulgência, lava tudo. Nada que Melchior não tenha satisfeito em devido tempo…
Agora há que ir atrás dos canalhas e pô-los atrás das grades.

3.1.19

Não sei bem o que sinto

Ainda não me sinto em 2019, isto é, não sei bem o que sinto, pois tudo me surge sob um nevoeiro persistente. Não vejo nisto qualquer metafísica, nem já me contento com a explicação de que esta abarca tudo o que está para além da matéria…
Ando há anos a repetir definições cristalizadas, e isso aborrece-me cada vez mais… Aborrece-me o relativismo moral… Aborrece-me a indulgência… 
Aborrece-me a intransigência, porque as âncoras estão desertas, enferrujadas… já não há barco nem marinheiro que as procure...

2.1.19

O elevador

Vivi vários anos em espaços fechados e nunca tal me deprimiu. 
A disciplina do lugar deve ter contribuído para eliminar qualquer espécie de angústia. 
Por outro lado, o facto de ter nascido numa aldeia também não será alheio a esta ausência de temor - a aldeia não era delimitada por qualquer muralha, mas havia lá uma linha invisível, inultrapassável… O exterior despertava muito mais ansiedade, porque era um não-lugar, sede de todos os perigos…

Hoje, repentinamente, o elevador avariou no entre o 12º e o 11º andar. Fechado, esperei pacientemente, sem qualquer receio, que alguém me libertasse da clausura forçada. Foram 30 minutos, lentos, mas sem um mínimo de ansiedade…

1.1.19

Da insanidade mental em política

«Et pourtant, tout régime politique vaut ce que vaut le personnel politique qui le dirige et le fait fonctionner.» Atsutsé Kokouvi Agboli, Jeune Afrique, nº 1624

Se o regime político é a expressão do pessoal político que o dirige, hoje os brasileiros entraram na era da insanidade mental.
Infelizmente, os doente mentais estão a ser catapultados para o exercício do poder, com a aprovação da populaça e a manipulação de inconfessados interesses transnacionais.
E como se sabe, a doença mental não escolhe a cor política, qualquer uma lhe serve… mesmo que Bolsonaro prometa que a bandeira brasileira jamais acolherá o vermelho, apesar de apostar no seu derramamento…

31.12.18

Uma nação dois sistemas

Não tenho nada contra os chineses. Considero-os até nossos amigos… Aos poucos têm conseguido povoar o território português e vão-nos libertando do fardo da propriedade. 
A propósito de influência chinesa, parece que a China tem um papel cada vez mais preponderante nas antigas 'províncias' ultramarinas, de tal modo que me interrogo se o ´'excêntrico continente' não estará cada vez mais próximo de se tornar uma província chinesa.
De qualquer modo, antes que oficialmente tal seja reconhecido, o governo português já deu início ao processo de integração ao adaptar o princípio «uma nação dois sistemas». É só olhar para a sua aplicação no caso dos professores do continente e ilhas…
Os chineses são criativos, sem dúvida, e nós gostamos de caminhar na dianteira, por isso imitamo-los.

30.12.18

O candeeiro

Na casa de campo (ou no condomínio fechado), um destes candeeiros é capaz de deslumbrar a vizinhança. No entanto, o empréstimo já não cobre a iluminação exterior… Sem cheta,  como satisfazer a tentação? 
- E se o arrancasse pela base? Agora, só falta um eletricista…Talvez a Oficina do Reformado possa ajudar a resolver o problema… 
É, assim, o meu país, no final de 2018. E não prevejo que 2019 possa ser melhor.