10.8.24

Da serenidade...

Para quem procura a serenidade, isto está difícil.

Ontem fui ouvir (e ver) Dieb 13 Beatnik Manifesto na Fundação Calouste Gulbenkian, e saí atordoado... Já me esquecera que onde surge a palavra manifesto aparecem certamente rejeição e proposição.  E, assim, penso que acontece nesta produção. Desde o ralo gigante que tudo absorve à rede que tudo implode... Depois há que voltar ao som cavernoso e animalesco das origens, para desembocar num US desorientado e ambíguo...

No essencial, parece que o ralo e a rede  se conjugam para nos triturar, embora andemos bem avisados...

6.8.24

Hipocondríaco

Sempre que o verão avança, torno-me hipocondríaco. 
O calor esgota-me, o sol cega-me, perco o equilíbrio, as mãos incham... não suporto pesos... e até escrever se torna uma maçada....
Entretanto, leio 'os escritos sobre arte de Baudelaire' e, sobretudo, avanço na leitura da Rússia francófona de Tolstoi, fascinada pelos patéticos imperadores que dominavam a Europa... e vou pensando que, afinal, hoje, apesar de Napoleão ter deixado de ser francês, o mundo pouco mudou e que Tolstoi soube dar corpo ao fastio que minava o mundo....
E já agora acrescento que não sou insensível ao retrato que Baudelaire traça da medíocre arte francesa, embora os 'franceses' tendam a considerar-se superiores, tal como por estes dias de águas inquinadas do Sena...
E de Telavive, o que dizer? E de Trump, o que pensar?
- UMA VERGONHA!

30.7.24

Por cá...

Por cá, continua a política de satisfazer corporações com o objetivo de caça ao voto. Muitos ficam de fora, por vezes, mais habilitados e profissionais, porque não são significativos em termos de apuramento de resultados eleitorais... e o senhor presidente da República fecha os olhos.
Por cá, a insegurança aumenta porque vinga o espírito de manada... até porque as autoridades fazem vista grossa, em vez de agirem no terreno que bem sabem ser favorável à exploração e à violência.
Por cá, não se  promove o desporto colectivo... basta olhar para os Jogos Olímpicos do megalómano Macron. Como bem se sabe, uma andorinha não faz a Primavera!
Por cá, anda tudo a banhos durante o ano inteiro.
Claro, há algumas exceções, mas essas não contam no apuramento dos votos.

28.7.24

Orquestra Juvenil Geração 2024

 

  • 18:00 / Esgotado

Local

Grande AuditórioFundação Calouste Gulbenkian
Orquestra Juvenil Geração
Juan Carlos Maggiorani Maestro
Santiago Ossa Alzate Maestro

Gioachino Rossini
Abertura da ópera Guilherme Tell

Anne Vitorino de Almeida em colaboração com Edison Otero
Rapsódia dos Rios, op. 93c*

Joly Braga Santos
Concerto para Orquestra de Cordas, op. 17

Arturo Marquez
Danzón n.º 2

Richard Wagner
Abertura da ópera Os Mestres Cantores de Nuremberga*

Peças compostas no âmbito do projeto B-Me: blending melodies, bridging cultural identities (Creative Europe, EU)Duração 60 min. (sem intervalo)

As cadeiras (e não só) estavam cuidadosamente dispostas para que o espectáculo pudesse acontecer. Só não sei quem teve o trabalho.
O concerto foi soberbo, embora me pareça que o conceito «juvenil» tende a estender-se a outras idades...
Registo o programa porque... Para bom entendedor, meia palavra basta.

26.7.24

Sem tréguas

Estilhaços é a palavra que mais vezes me vem à cabeça. As inúmeras vítimas dos estilhaços amontoam-se um pouco por toda a parte. 
E, nós, imperturbáveis, seguimos por um caminho, por enquanto, liberto de enxurradas, de granadas, de labaredas, de derrocadas...
Hoje, começam os Jogos Olímpicos, mas sem tréguas... Ai de nós!

Entretanto, o FBI desconfia que a orelha do Trump terá sido atingida por estilhaços... Tanto tempo para chegar ao óbvio!

A vida é para as cigarras antes que a noite caia.

21.7.24

A considerar


Bem sei que não se deve brincar com assuntos sérios.
No entanto, preocupa-me que a orelha de Trump ainda não tenha sarado...
Por isso, registo, aqui, um fungo que avistei na terra portelense...
Tenho a sensação de que este fungo, devidamente
abençoado e certificado, daria um enxerto perfeito, evitando, assim, o recurso à cortiça portuguesa...

17.7.24

A orelha de Donald Trump

Há orelhas famosas porque foram amputadas pelo próprio ou por alguma besta sanguinária... mas a orelha de Trump é de outra grandeza: escapou milagrosamente à natureza do projétil. 

Os danos foram ínfimos, elevando, porém, a vítima ao Olimpo da política nacional e internacional...

Por mim, acredite quem quiser, recuso-me  recuar ao tempo das hagiografias, dos panegíricos, dos encómios... 
Vou manter-me cético até me provarem o contrário.

Será que o CHEGA vai aderir à moda do penso sobre a orelha?
Será que houve intervenção da Senhora de Fátima no dia 13 de Julho? 
E eu que não acredito em milagres!