6.11.25

Raios e coriscos

Noite de raios e coriscos. No entanto, do que se fala é de descargas eléctricas atmosféricas, negativas e positivas. A ciência da IA obriga-nos a repetir o que não percebemos e, felizmente, não sentimos...
Desta vez, os prejuízos foram reduzidos e, talvez, porque as eleições autárquicas são recentes, houve mesmo um presidente de câmara que se prontificou a pagar as despesas...

Onde os raios e coriscos são permanentes é no Ministério da Saúde, só que aí ninguém quer arcar com a fatura do aumento da procura, da degradação dos serviços, da cedência aos privados... num país de pobres cuja insuficiência económica é matreiramente anulada através de um ou dois bónus anuais... 
Este bónus serve para que um milhão de portugueses 'saia' da condição de insuficiência económica.

Curiosamente, se as Finanças não atestarem a insuficiência económica do cidadão, este pode viajar gratuitamente nos transportes públicos na cidade de Lisboa, mas não tem direito, caso esteja incapacitado, por exemplo, a 97%, a transporte gratuito para se deslocar ao hospital ou para regressar a casa (ao lar)...

2.11.25

Do entulho...

Há cada vez mais entulho, nas ruas, nos centros comerciais,  nas televisões, nas redes sociais. E esse entulho atrapalha, desconcentra, instala a mentira, e destroi-me os neurónios sem qualquer hipótese de regeneração... E como sabemos, o entulho agrava as enxurradas...
Agora que o Inverno se aproxima há que estar atento às iluminações, às instalações que nos turvam a visão com o objetivo de nos esvaziar as carteiras na quadra natalícia cada vez mais profana... Mas isso, todos sabemos, e não temos emenda.

28.10.25

Ave agoirenta

Não querendo ser ave agoirenta, penso, no entanto, que os apelos à contenção e à estabilidade escondem a realidade falseada dos números que nos atiram à cara diariamente.
Suavemente, caminhamos para o desequilíbrio das contas públicas e privadas, mantendo as reivindicações dos dias de falsa glória.
Somos assim. Gostamos de ser enganados... e quando acordamos, desatamos ao soco e ao tiro... Só que raramente saímos do sono letárgico em que andamos mergulhados...

Entretanto, o rapazola de Mem Martins vai aproveitando a cobardia reinante para engrossar as suas tropas - a piada dos três salazares vai fazendo o seu caminho nas tascas, nas redes sociais e nas televisões.

23.10.25

No país dos mortos...

As mortes vão sendo notícia, umas 'naturais', outras inesperadas, outras 'violentas' Todas distantes, mas a que não conseguimos fugir: entram-nos pelos olhos e pelos ouvidos, quer queiramos ou não... 
Umas dão lugar a espetáculo e a beatificação, as restantes a lamento e a condenação.
Parece que vivemos no país dos mortos, hipotecando a cada dia que decorre o futuro: suspende-se o trabalho, nega-se a responsabilidade, atirando a culpa para o passado mais ou menos recente...
Esperemos que os jerónimos continuem a orar por nós.

15.10.25

Descrente

Não consigo falar da Faixa de Gaza nem da Ucrânia de Trump. Só observo megalomania e negócio. Não vejo motivo para idolatrar o americano, e desconfio que os americanos adormeceram sem darem conta do pesadelo que os espera... a raposa passeia eufórica no galinheiro. Ainda vejo as penas elevarem-se nos ares como se balões em dia de festa.
Na Europa, repetem-se as angariações de fundos e as promessas de rearmamento... no entanto, a Rússia vai demolindo os dias de Kiev sem que se veja quem se lhe possa opor. Nas televisões, vivemos os abraços, os beijos fingidos e as juras de quem só consegue repetir estereótipos.
Eu, pelo menos, ainda desconfio de mim, embora não prometa nada, nem faça juras. Amanhã, será outro dia, em nada diferente dos anteriores, infelizmente...

14.10.25

Lúcia

Relembro o falecimento (14-10-1956) daquela avó, Lúcia, que partiu sem me deixar marca de contacto físico. Teria 125 anos, hoje...

Dela só registo o pouco que me asseguraram: uma mulher que lutava diariamente pela família, fazendo a pé uma duzia de quilómetros para vender no mercado de Torres Novas os produtos que a terra disponibilizava estação a estação... 

Uma mulher que sacrificava a saúde por uma causa maior! Uma mulher que seria rigorosa na educação das três filhas, mas disso nenhuma delas se queixou, que eu me lembre.

Muitos familiares partiram, mais mais ou menos diluídos no tempo, mas dela lembro-me sempre.

10.10.25

Dia assinalável

Assinalável pela atribuição do Prémio Nobel da Paz 2025 a Marina Corina Machado e pela coragem de não o atribuir a Donald Trump...

Esperemos que Trump não se vingue passando a proteger o ditador Nicolás Maduro.