12.5.07

Sinais

- Vou por fora! Entro no vale titubeante a serra modesta! Ali do restolho emerge um poço - Um sonho! Lá ao fundo hesitante afasto-me da serra sempre distante A vinha verdece a brenha a ser cortada - Não, por mim! De súbito eleva-se a distante palmeira cercam-me em sufoco gritos refreados um velho pousado num varandim anoitece Subo por dentro linhas cruzadas e decido - Vou pelos semáforos!

1 comentário:

  1. FUGA-CIDADE


    Um dia, algo acontece. por instantes,
    abandonamos a cidade, como quem vai
    dar uma volta pela vida, e estranhamo-nos

    Tudo parece mudado, já não nos
    revemos nas pequenas coisas, sinais de
    infância, assim uma figueira, um tanque, um
    beiral, uma casa sequer. as ruelas são agora
    mais estreitas e as paredes soltando-se com tinha

    É verdade que a noite se vai abrindo
    mais noite e mais próxima. quem pudera
    manter a esperança. se ao menos com um
    fechar de olhos pudéssemos cruzar o tempo com
    um amarelo intermitente

    Mas nem isso

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