A canícula desfaz-nos
a vertigem e oferece-nos a aprendizagem da lentidão.
Afogueado, estirei o pescoço e vi, lá longe, em lenta cavaqueira, o João Barrento com o Eduardo Prado Coelho.
Compreenderam, ambos, por viagens distintas, que mais vale fugir da vertigem do Sol.
E eu que, desde criança, aborreço o Estio, instalo-me na miudeza das letras, à espera que a canícula cesse… e começo a apreciar a vagueza dos enigmas.
Ultimamente, os enigmas ou, melhor, os dilemas vêm-me sufocando e, eu, irresponsável, não percebia que eles me convidavam a reaprender a lentidão, tal como a canícula que se abate sobre a cidade.
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