7.6.08

Por uma escola de qualidade...

A qualidade da escola depende do grau de participação daqueles que a constituem. Não creio que este princípio possa ser facilmente contestado. No entanto, temo que uma série de pessoas pensem poder desenvolver os seus projectos pessoais à revelia da participação dos estudantes, dos professores e dos  funcionários...

Ontem, no Auditório 'Camões' decorreu a entrega de prémios do III Concurso Literário Camões. Evento da responsabilidade das professoras Lídia Teixeira e Paula Lopes, do Departamento de Românicas, e presidido pela Drª Isabel Ramos, foi com alguma emoção que assistimos aos passos trémulos, mas prometedores, de jovens criadores, apresentadores, leitores e músicos naquele palco cuja função deve, doravante, acolher iniciativas do mesmo cariz.

É, ainda, de saudar a iniciativa de editar e disponibilizar, de imediato, os textos dos concorrentes. Do índice de autores ressalta a ideia de que,  numa dúzia de turmas, houve forte adesão ao concurso.

Esperemos que as restantes turmas estejam presentes no próximo ano. Esperemos, também, que o IV Concurso Literário Camões seja um dos pilares das Comemorações dos 100 anos do edifício da Escola Secundária de Camões.

A Escola existe para os estudantes. Sem eles de pouco pode servir... E, também, eles necessitam de saber que, ali, entre aquelas paredes, houve outros como eles que sonharam mudar o mundo ou, pelo menos, torná-lo mais próximo... 

4 comentários:

  1. Foi com muito orgulho que entre 40 poemas, o meu ficou em 2º lugar!

    E com muito orgulho, vi a minha colega Brigida levar para casa os dois primeiros prémios!

    Foi uma óptima iniciativa, esta de celebrar a escrita porque, afinal de contas, a nossa 'casa' é, desde sempre uma 'casa' de escritores!

    Esperemos para o ano se repita esta iniciativa!

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  2. subscrevo inteiramente as ideias da ri(so)ta, e penso que todas as iniciativas do género são de louvar. A promoção de novos talentos deveria ser mais valorizada, numa altura em que se cai num profundo caciquismo de publicar e anunciar autores de grandes raízes. Até fico espantado, que um escritor tão novo como por exemplo José Luís Peixoto, tenha conseguido ser publicado de maneira numerosa e que possua de forma abrangente tanto público leitor...é evidentemente de louvar. Mas penso que, e numa perspectiva mais global, em edições vindouras do concurso se opte por trazer à organização editoras, de forma a dar maior destaque e também para facilitar a promoção literária de jovens talentos. Nestes meandros da sociedade literária há ainda muito por explorar, como num diamante em bruto, faltando-lhe a lapidação.

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  3. E quais são as editoras desejosas de apoiar este tipo de iniciativas?

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  4. Desejosas não digo, mas disponíveis há várias.

    Sejamos claros, isto é, objectivos.
    As grandes editoras ou grupos editoriais têm capacidade de patrocinar e apoiar iniciativas como esta, do Concurso Literário. Obviamente que tratando-se de uma grande editora como a Porto ou o grupo Leya se podem esperar maiores apoios do que de editoras com pequenas quotas de mercado.
    Mas veja professor, até à Fundação BCP ou à Caixa Geral de Depósitos se podem pedir apoios.
    Eu próprio faço-o para um projecto (que decerto se recordará).

    Mas resume-se a isto: basta querer.

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