Há pessoas tão obcecadas com a carreira que se tornam cruéis e despóticas. Têm uma auto-estima tão elevada que ignoram permanentemente o outro, não tendo tempo para o ouvir, para tentar perceber os seus limites e, sobretudo, a sua idiossincrasia.
O ser humano, por muito desclassificado que o possamos considerar, tem sempre, em si, uma chama que deveríamos alimentar, não a reduzindo a cinzas, a todo o tempo.
Félix Bolaños, responsável pelas escolas da Apelação, na entrevista que concedeu a José Manuel Fernandes e a Raquel Abecassis, surge como um homem que conhece a realidade local, com um pensamento estruturado e alicerçado, pragmático e optimista, que ousou entrar no interior dos bairros e procurar neles as lideranças, de modo a que estas possam ser âncoras na alteração de mentalidades e comportamentos.
Não sei se alguém decidiu propô-lo para professor do ano, mas, na minha modesta opinião, o modo como actua, como analisa e contextualiza os acontecimentos, como encara a comunicação social, é suficiente para que eu registe aqui o seu nome - Félix Bolaños.
Em grande parte, Félix Bolaños corresponde ao perfil que entendo dever ser o do director executivo de uma escola ou de um agrupamento.
Já agora quero acrescentar que, até à data, nunca tinha ouvido falar de Félix Bolaños.
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