13.9.08

A recompensa...

"Aquilo que todos temos,

Partilhamos e preservamos

Poucos sabem o que é…

Mas aqueles que o sabem

Comportam-se como se nunca o tivessem sabido.

Apenas se deixam levar,

Como folhas arrastadas pelo vento."

(M.P.F.)

Hoje, os momentos de desânimo e de cepticismo - foram compensados pela notícia tardia de que a Marisa Peralta Ferreira viu premiados o seu afã, a sua vontade de fazer sempre melhor, a sua disponibilidade para as ciências, mas, também, para as humanidades, sem esquecer a sua jovialidade e a sua humildade. Não sei o que terá sentido ao receber o diploma de conclusão do ensino secundário, acrescido do prémio de 500 euros atribuído pelo M.E., mas tenho uma certeza: por um momento, o seu olhar ter-se-á iluminado e, certamente, terá pensado - "afinal, sempre vale a pena..."

(Infelizmente, como a Marisa bem escreveu no Poema "A Travessia", nem todos sabem aproveitar e partilhar aquilo que todos temos. E quanto a esses, nada posso fazer, mas sobra-me ainda algum tempo para acompanhar os que procuram o caminho da superação...)

4 comentários:

  1. Quando li a nota que o Professor escreveu, nao resisti a comentar. Primeiramente, quero agradecer-lhe por esta breve referência no seu blog, que se revelou uma surpresa bastante reconfortante.
    Após estes últimos três anos em que fui sua aluna, os quais, devo dizer, passaram quase sem eu dar conta, evoluí bastante intelectualmente e em grande parte graças às suas aulas de Português, que me fizeram despertar da monotonia que nos rodeia. Talvez, por isso...pretendo tornar-me num "Ser sedento de ser, / Ser sedento de saber, / Ser sedento de sentir", citando o poema que o Professor escolheu.
    Confesso que nao estava à espera de ser premiada, até porque não tinha conhecimento da existência de tal prémio...mas não posso negar que quando me chamaram ao palco do auditório fiquei verdadeiramente feliz! Pessoalmente, o prémio nao simboliza que o meu esforço tenha sido recompensado (talvez de uma certa forma), mas sim valorizado na sua totalidade...como se não passasse despercebido.
    Bem...e parece que continuo com aquele meu característico problema...o tal de ultrapassar a extensão dos textos...até parece que já estou a ouvir o Professor: "não se ponha a divagar Marisa"
    Um beijinho da sua aluna Marisa, que lhe continuará a enviar textos.

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  2. Os prémios de mérito são uma excelente forma de homenagear os alunos e o seu trabalho, sem dúvida.
    No entanto, tenho que dizer que estranho muito que a aluna não tivesse conhecimento do prémio, uma vez que a notícia foi bastante divulgada nos meios de comunicação social...
    Infelizmente, nem todos são reconhecidos da mesma maneira e, pior do que isso, muitos deles são injustiçados, vendo por isso as suas capacidades desvalorizadas.
    Por outro lado, como docente, lamento ter de reconhecer que existem colegas de profissão que, com os seus actos, envergonham toda uma classe, prejudicando o futuro dos alunos.
    De facto, os prémios de mérito deveriam ser extensivos a um maior número de alunos, o que poderia não implicar um valor monetário acrescido.
    Como professor, tenho consciência que, para muitos dos alunos que são merecedores de tal prémio, um simples reconhecimento, o msis imparcial possível, um mero papel, significam muito mais do que qualquer quantia monetária...
    Afinal, nada nem ninguém nos garante que a justiça e a imparcialidade fazem parte do processo de selecção do melhor aluno de cada escola...

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  3. 1 - A Marisa não foi minha aluna. Para que conste. Não a conheço, portanto. Melhor, conheço-a um pouco,indirectamente, por textos que me chegaram às mãos (e, no ano transacto, pelo seu registo escolar, com as notas todas, uma a uma, disciplina a disciplina, com apuramento de média, resultado imparcial e inequívoco que levou a equipa - de que fiz parte -designada para a selecção do melhor aluno a propô-la para o Prémio atribuído pela Academia do Bacalhau de Lisboa). O pouco que soube dela, repito, permite-me admitir que na selecção agora feita (e desconheço por quem, embora creie que pelo Conselho Executivo) tenha havido igualmente, como antes houve, justeza e imparcialidade, tanto mais que o sistema informático permite com rigor e agilidade apurar todos os resultados.
    2. O anúncio do Prémio de mérito foi anunciado tardiamente, depois do despacho que criou o Dia do Diploma. Boa parte dos alunos tinha já concluído o ano lectivo, estando os alunos do 12º ano preocupados com a preparação dos seus exames - e depois, férias merecidas. Estranho não saberem os alunos do dito Prémio? Dia 11 deste mesmo mês cruzei-me com colegas, professores como nós, que desconheciam não só o referido Prémio como o próprio Dia do Diploma... Quanto à aluna em apreço, não tendo sido notificada da atribuição do Prémio à sua pessoa, como poderia não ficar surpresa quando a chamaram ao palco? Penso que é de bom senso dar-se o benefíco da dúvida e acreditarmos que, apesar de tudo, a modéstia e a honestidade ainda prosperam em alguns discípulos.
    3. Já agora, e desinteressadamente,subscrevo-me, para que também conste, António Souto.

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  4. Por não sei que motivo, voltei a este post, reli-o, assim como aos comentários. Já não me lembrava deste episódio.
    Quanto à Marisa, sei que já terminou o curso de medicina, colocando-se ao serviço da comunidade.
    Quanto ao António Souto, sei que continua a servir os seus alunos e as suas filhas.
    Só não sei que dizer do anónimo que fez tal comentário. E tenho pena!

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