O dia vai longo!
Começou com a "Menina e Moça" a recontar, sob a forma de resumo com ligeiras, mas importantes variantes, a sua história à "Senhora do Tempo Antigo"... Uma história de fuga à agitação da corte /cidade, governada pela arbitrariedade... E sob o olhar de Bernardim Ribeiro dei comigo a explicar como a leitura em voz alta determinava o projecto de escrita no século XVI... A leitura, actividade lúdica por excelência!
Paradoxalmente, se, em tempos idos, a tristeza lida preparava o leitor para superar experiências traumáticas, o dia de hoje encarregou-se de demonstrar o contrário: a doença anunciada de um amigo devasta qualquer cenário de fuga... as nossas fragilidades encontram nova explicação e as vozes acusatórias deixam de fazer qualquer sentido...
No entanto, sobrepondo-se à tristeza, sem a conseguir anular, vozes juvenis declamam excertos dos Bernardins do futuro, por enquanto alheios ao rouxinol que, sem explicação, tomba, e arrastado pelas folhas corre para o mar sem fim...
Finalmente, de forma lateral, assisti a um jogo de cadeiras, em que as regras são o que menos importa... as cadeiras são apenas duas, mas dificilmente o jogo chegará ao fim!
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