«A biografia não é um meio de unir a vida e a obra, mas um discurso sobre a vida / a morte que ocupa um certo espaço entre o logos e o drama.» Jacques Derrida, Otobiographies…, 1984
A biografia ao querer transformar o Singular em Discurso atira-nos, de imediato, para o território da ficção, apesar de nos apresentar como sujeito absoluto o que é apenas um sujeito possível. A coerência da vida e a coesão do discurso não passam de mecanismos de autenticação do sujeito / autor.
Na Idade Média, o discurso biográfico era naturalmente hagiográfico ou, em alternativa, satânico. O homem pouco importava… a sua singularidade morria com ele, salvo se pelo Discurso (seu ou/e alheio) se conseguisse apresentar como sujeito absoluto – lugar de fingimento ou mesmo de mentira…
Em nome da verdade, vamos construindo um discurso de mentira…
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