A suspensão consiste em fazer-nos esperar, até ao fim de uma frase ou de um período, em vez de apresentar de imediato um aspecto que poderá causar-nos uma impressão muito forte – boa ou má…
Ao ouvir José Sócrates, dou comigo às voltas com a retórica… a comunicação alonga-se em acinte, em desforra, como se o mais importante fosse trocar as voltas ao inimigo, e, simultaneamente, tranquilizar os correligionários e os simpatizantes. O discurso bifurca-se, adiando, suspendendo o cerne do «acordo»…
A “suspensão” é um procedimento que, de facto, permite dissimular a realidade ou, pelo menos, torná-la mais leve. José Sócrates revela-se mestre nesta arte, enquanto que a TROIKA nos vai aplicando a extrema unção.
Entretanto, o mestre, feliz, já traçou o plano de retirada!
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