24.2.20

Os Crimes de Hamburgo

Não conheço o Francisco Carvalho. Recentemente, descobri que publicara um romance - Os crimes de Hamburgo (Outubro 2019, Coolbooks). Por coincidência, verifico que o autor nasceu em 1978, tal como o meu filho, sendo ambos advogados e que, além disso, a minha filha, um pouco mais nova, vive em Hamburgo, militando na defesa dos direitos humanos: dos curdos atirados para o exílio, aos refugiados em geral...
Eu próprio, em agosto último, visitei, durante alguns dias, a cosmopolita cidade de Hamburgo, tendo ficado com uma imagem de um lugar onde a diversidade humana é bem visível e diferenciada e o clima severo e imprevisível. 
Não tive tempo de tomar o pulso à riqueza e à miséria, mas percebi que as relações entre autóctones e estrangeiros não são fáceis e que há demasiado silêncio no palco e ajustes de contas nos bastidores.
Sobre o romance, que li numa semana, o que posso dizer é que está muito bem construído e que me confirmou todas as minhas suspeitas e me ajudou a compreender um pouco melhor a desconfiança alemã em relação aos estrangeiros, em particular de origem muçulmana, na sequência da Queda do Muro de Berlim, da desagregação da União Soviética, das guerras fratricidas da ex-Jugoslávia e do nacionalismo turco... sem esquecer os restantes emigrantes, vindos da Ásia, da África...

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