31.12.21

Um ano triste

 

De facto, a tristeza veio para ficar a 1 de abril de 2020... Não é que as expectativas fossem enormes. De qualquer modo, há sempre a esperança de que a mudança, mesmo se lenta, pudesse dar pequenos passos. (Até à data nunca os passos tinham sidos firmes, apesar das convicções... mas o melhor é não olhar para trás, nem sequer pedir contas. Para quê?)
O Vírus instalou-se, dando asas ao imobilismo  suportado parcialmente pelo Estado e, por um tempo indeterminado, gerou a debiltação das vontades e aumentou dependências asfixiantes sem retorno...
Por mais pontos de fuga criados, a verdade é que mais não são do que novas formas de dissimulação. Formas trabalhosas capazes de enganar os dias, mas que, no cômputo final, apontam a um fim sem esperança, apenas triste se a cobardia soçobrar.
De nada serve este balanço, bem sei, exarado num dia em que se celebra não sei o quê, nem porquê.
Fungo de mim próprio, mais cedo do que tarde, serei ceifado sem que isso tenha qualquer significado.

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