19.2.22

Nestas terras inóspitas

 

Não sei se devo continuar, aqui, nestas terras inóspitas. Esforço-me por não ver nem ouvir, mas sinto que algo vai mal...

Prometeram-me que não invadiriam o meu território, mas vejo-me cercado, numa teia cada vez mais asfixiante...

Se ainda respiro, prevejo que seja por pouco tempo. O meu consolo é que, agora, tudo acontece em ritmo acelerado, ao contrário do que sempre procurei cumprir.

No entanto, quis tudo abarcar, e a pressa de chegar traiu-me. Deveria ter atrasado o passo, ficado suspenso do trinado, ter mandado o mundo às urtigas.

Nada disto faz sentido, é tudo banal, e não me digam que é possível transmutá-lo em qualquer coisa de original.

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