30.9.25

Na bandalheira

Vestem bem, mas têm um comportamento desprezível. Por ora, falam como os maltrapilhos, indo ao ponto de lhes apertar a mão... Apesar de desprezarem os pelintras,  descem do púlpito para lhes caçar o voto - como iguais.

Na bandalheira, vamos resvalando para a valeta, ao contrário de outros tempos  em que era necessário subir à montanha.

27.9.25

Perplexidade

Por entre tantas convicções, vivo inquieto, pois elas não perspetivam qualquer futuro que traga paz, pão e tranquilidade. Já nem falo de saúde, pois ela pode ser posta em causa a cada momento...

De facto, não basta querer salvar o mundo, é preciso salvarmo-nos de nós próprios, porque somos nós que catapultamos para os lugares de poder aqueles que só aspiram a espalhar o TERROR.

Nada do que está acontecer é surpreendente, basta olhar para trás. Abolida a História, cada um começou a desenhar um caminho em que os obstáculos passaram a ser eliminados em nome do individualismo absoluto, mesmo se, por vezes, este se disfarce de defesa de genuinos valores coletivos.

19.9.25

Covid silencioso

Por aqui, regressou... agressivo e debilitante. O tratamento é o de sempre, sem o aparato da vacina: paracetamol, antihistamínicos e outros redutores da tosse.

Continua a morrer-se não à conta do vírus, mas da propensão para a morte. As autoridades estão adormecidas, não vá a conta do SNS disparar ainda mais...

Um destes dias, ao ver o Benfica em campo, pensei que a equipa tinha sido atacada por uma nova variante do vírus. De qualquer modo, os benfiquistas já asseguraram o antídoto eficaz para combater a praga.

Quanto aos portugueses, não vale a pena esperarem pela ministra da saúde: atravessem a ponte!

15.9.25

De regresso à hora suissa

Andei uns tempos ao ritmo de um Samsung Galaxy Watch, sempre censurado por não emparelhar com um smartphone Samsung... e que abusava da minha condição física, ao dar-me ordens do tipo MEXE-TE, pois ainda não atingistes os teus objetivos...

Por enquanto, o meu corpo não necessita de estar permanentemente sob  a vigilância de um indecifrável algoritmo e, por outro lado, o meu espírito liberta-se de uma pressão exterior que, aliada a muitos outras, essas, inevitáveis, já me pesam no dia-a-dia.

Um destes dias, opto pela hora solar!

7.9.25

A única luz

 

Está a ser difícil sair de Agosto e entrar em Setembro. 
Em primeiro lugar, porque não faz sentido, em matéria de tempo, falar de entradas e de saídas, ainda se fosse de mudanças de temperatura com efeitos nocivos no território e no corpo dos seres.
Em segundo lugar, porque se é obrigado, de forma súbita, a passar da euforia à disforia pessoal e coletiva, com a agravante de tudo ser objeto de exposição pública, alimentando voyeuristas e necrófilos.
Finalmente, porque nos deixamos enganar facilmente por decisores verdadeiramente incompetentes e sabujos...
A única luz que ainda acalento é a da chegada de um bando de íbis ao estuário do Tejo que, talvez, nos possa despertar para a sabedoria e para o conhecimento tão desprezados.