Fui à procura da praia fluvial do Agroal e encontrei o Nabão em
flor. Dois patos descansavam sobre as pétalas enquanto as avezinhas trinavam na
copa dos arvoredos. O Sol, atrasado, fazia gazeta, deixando no ar uma friagem
inesperada.
Do que observei, fiquei com a impressão de que, nos dias de
canícula, os passeantes se apinharão à espera de uma nesga de praia ou, então,
perder-se-ão na Serra em tentadoras comezainas.
Enfim, com o Nabão, está a repetir-se uma situação que começa a ser habitual. Só lhe conheço a nascente, já o Sol está na curva descendente...
Na verdade, eu vivi nas margens do Nabão durante mais de um ano e nunca fora ao Agroal...
Até, a certa altura, me habituara a contemplar a Santa Iria das Portas do Sol scalabitanas, antes de conhecer a cidade dos Templários...
Já sem falar dos "tabuleiros" que, para mim, têm um significado bem diferente e difícil de alcançar nos tempos que correm. Refiro-me aos "tabuleiros de figo e uva a secar"...