Um conhecido disse-me que eu estaria a "postar" demasiado no Facebook. Este remoque pareceu-me excessivo, até porque eu só reencaminho para o "face" os "posts" que vou rabiscando no meu blogue.
No entanto, este meu conhecido e "amigo" tem razão. Afinal, os outros pouco ou nada dizem das observações que vou fazendo e, provavelmente, nada têm a acrescentar, a não ser que a minha personalidade é pouco social e parece viver de costas voltadas para a espuma dos dias...
Ao procurar uma explicação para o reencaminhamento destas notas acabo por concluir que estou a ceder a uma necessidade de eco que, para mim, deveria ser secundaríssima.
A personalidade social vive do eco e quando ele não se faz ouvir pode levar à desilusão, ao ressentimento. E até a um certo desejo de vingança.
Na verdade, Caruma surgiu, não para alimentar a minha personalidade social, mas para que, à medida que a memória falha, reste um fio condutor sobre o qual ainda possa caminhar. Neste caso, caminhar sobre a Caruma!
Logo que a Caruma desapareça, o mais que poderá sobrar é um levíssimo traço que o tempo se encarregará de esfumar. E sem qualquer ressentimento!