Este é um argumento que vai fazendo o seu caminho para defesa da classe política. Isto é, suspenda-se autópsia do homem de estado, porque não é da natureza do exercício do poder corromper nem deixar-se corromper e, portanto, o melhor é não mexer no passado porque, no que para trás ficou, não haverá cidadão impoluto.
Todo o cidadão se esqueceu, uma manhã ou uma tarde, de pagar uma multa, de declarar ao fisco uma remuneração ou até de comprar ou vender um qualquer móvel ou imóvel por um preço combinado para efeitos de declaração...
O melhor é não meter as mãos na lama em que vivemos atolados! Se por um qualquer bambúrrio do destino, formos eleitos ou mesmo nomeados para um cargo público, esse passado, por decisão da Conveniência deve ser esquecido até que o mesmo destino se encarregue de nos devolver ao charco em que habitualmente chafurdamos - o charco dos homens imperfeitos...
Nesse dia, poderemos ser detidos para que se faça a prova material. E aguardar o tempo que for conveniente...