I - A frase "O cão ficava a olhar o mar como um pescador" pode ser considerada uma frase complexa? O livro que tenho diz que é uma oração subordinada adverbial comparativa, mas apesar do "como" não compreendo o porquê de assim ser visto que "como um pescador" não tem nenhum verbo. (A.D.T.)
As orações subordinadas comparativas podem ser construções elípticas, com a elisão da forma verbal ou do grupo verbal.
Ex: Esta casa é mais interessante do que a outra. (= do que a outra é interessante).Gramática de Português, pág. 196, Porto editora.
No exemplo apresentado, a frase é complexa, porque: a) O cão ficava a olhar o mar b) como um pescador (olha o mar). Elipse do predicado. Oração subordinante + oração subordinada comparativa.
Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
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17.6.15
6.4.10
O ensino das línguas estrangeiras
Dados publicados pelo diário i, no dia 5 de Abril de 2010:
3º Ciclo | Secundário | |
Inglês | 288294 | 120257 |
Francês | 228095 | 15171 |
Espanhol | 37607 | 14450 |
Alemão | 1712 | 2528 |
Ao compararmos os dados do 3º ciclo com os do secundário, vemos que, para além do elevado número de alunos que não continuaram os estudos, a aposta numa segunda língua estrangeira é diminuta. O estudo do alemão é residual e a queda do francês é inexplicável. Entretanto, o espanhol prepara-se para se tornar na segunda língua estrangeira.
Deste modo, de pouco serve falar da internacionalização da economia ou na aposta na qualificação dos recursos humanos. De facto, a diversificação dos mercados e dos nichos de ciência e de cultura deveriam obrigar-nos a uma política do ensino das línguas estrangeiras totalmente diferente da actual.
Sem retirar importância à aprendizagem do inglês, convém relembrar que esta é a língua da globalização. Ora um país pequeno só poderá sobreviver à hegemonia da cultura anglo-saxónica se conseguir penetrar em universos linguísticos e culturais diferenciados. O futuro da própria emigração passa pelo domínio do maior número possível de línguas estrangeiras.
Curiosamente, a forte imigração que ainda se faz sentir em Portugal deveria motivar-nos a aprender as línguas desses “estrangeiros”. Todavia, tal como fizemos no período colonial em que rejeitámos as línguas dos “nativos”, continuamos a pensar que os imigrantes é que devem aprender a língua portuguesa.
Em Portugal, quem é que define a política do ensino das línguas estrangeiras?
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