Falamos mais alto, mandamos calar. Senhores da palavra, derrubamos a torto e a direito... só porque o castelo parece nos aguardar no cimo da vaidade...
Não fosse o nevoeiro, o castelo não nos escaparia!
O problema não é tanto a vida que levamos mas aquela que imaginamos como nossa, assente na areia que a maré move a seu belo prazer...
De qualquer modo, insistimos em construir castelos na areia, mesmo quando o mar avança.
E quando a onda quebra o espelho, compramos um novo ainda maior...e colocamo-lo ao cimo da escadaria.
Só que lá as línguas confundem-se e ficamos a falar sozinhos. Tal como eu!