Lisboa, 11 junho (Lusa) - O Ministério Público abriu um inquérito por violação do segredo de justiça, na sequência da publicação de transcrições de um interrogatório efetuado ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, no âmbito da "Operação Marquês".
Um inquérito para quê?
Afinal, quem é que, em tempo real, teve acesso ao interrogatório? Como é que o ato foi registado? Os presentes durante a inquirição puderam gravar por conta própria? Será que ainda estamos no tempo do registo audio, posteriormente, transcrito para o papel ou para outro suporte digital?
De acordo com a minha experiência castrense, toda a transcrição é manipulável, sobretudo se o continuum for objeto de qualquer tipo de interferência, como, por exemplo, a tosse, a ira...
Na minha perspetiva, para além do inquirido, que já está detido, o melhor seria deter os restantes, isto é, todos os que estiveram presentes no interrogatório...