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22.4.15

Conjetura

Antes que a pergunta se perca: - Para quê mudar a cara, se basta substituir a máscara?

No teatro grego, a cara nunca se mostrava; e mais não era do que o suporte das contingências que habitavam a esfera...

O teatro na sua origem era a expressão possível da matemática, isto é, da thike da mathema. Dito de outro modo: a matemática era a arte (thike) que dava forma ao conhecimento (mathema) do espaço e do tempo, que media e pesava a matéria...

Mais tarde, a matemática, para se soltar da esfera inicial, criou uma outra esfera já só constituída por símbolos que esperam, um dia, apagar todas as máscaras pondo, assim, termo às contingências.

PS. Dedico esta conjetura ao nosso amigo MSR que faz hoje anos, mas que não pode deixar de estar triste, lembrando que a tristeza é inseparável da alegria. Bom é saber que a dor de hoje é a expressão da alegria  de ontem...