Como referi ontem, cheguei atrasado ao teatro, e acabei por regressar a casa com a sensação de que a pontualidade é essencial, mas que esta pode não passar de um gesto disciplinador menos importante do que, por vezes, se pensa...
Na verdade, nos últimos anos, tenho-me esforçado por ser pontual, porém deixei de cobrar os atrasos com que me confronto diariamente, em termos familiares, profissionais...
Gostaria, sim, que houvesse mais rigor no tratamento dos assuntos, na realização das tarefas e na satisfação dos compromissos...
Se tal acontecesse os dias seriam menos penosos!
Mais do que ser pontual, há que ser rigoroso e não desistir da perfeição. Mas nada disso acontece... a imperfeição tornou-se uma marca de água... e pelo caminho vão ficando as vítimas.
Creio até que o meu próprio coração já começa a dar sinais de impaciência, e eu finjo que não o oiço nestes dias penosos que atravesso...