3.4.10
O miúdo que pregava pregos numa tábua...
2.4.10
O Museu do Relógio em Serpa…
Serpa é uma encruzilhada de memórias (de tempos). E para quem negligencie a passagem das horas, nada melhor que entrar no Museu do Relógio de António Tavares D’Almeida. Este museu, privado, é único na Península Ibérica e abriga 1800 peças. Algumas são únicas e capazes de nos recordar como os poderosos queriam marcar a megalomania do respectivo tempo.
1.4.10
Serpa… outra cal, outra luz…
De Lisboa a Serpa são 199 km. Metade da distância é olival a perder de vista… aposta de espanhóis e de portugueses que recebem da União Europeia milhões e milhões de euros! Agora que se publicam os prémios recebidos pelos gestores das principais empresas e, também, intermináveis listas dos devedores ao fisco, bom seria se soubéssemos quem são os novos senhores do Alentejo e, sobretudo, qual é o seu contributo para o tesouro nacional.
À margem, ou talvez não, o parque de campismo encontra-se cheio de holandeses, alemães e ingleses que nos procuram não só pelo sol e pela tranquilidade da planície, mas, também, porque o preço da estadia é convidativo.
31.3.10
O Santuário de Nossa Senhora de Lurdes
26.3.10
Num país de tenentes…
24.3.10
Tenentes…
(Quando os tenentes se insinuam junto dos chefes, os pelourinhos crescem…)
O delator aponta o responsável por uma infração, com o intuito de comprometer o denunciado, tirando proveito junto do chefe. O relator dá, por escrito, um parecer sobre a acção e a ética de um profissional para ulterior deliberação do chefe. O capataz é um indivíduo lambe-botas capaz de se fazer ouvir pelo chefe.
Leio o i, oiço a Antena 1, ligo o canal Parlamento, atravesso a rua, desço a escadaria, dormito no autocarro, desperto na areia… e os tenentes, frenéticos, elevam a voz até as minhas sinapses explodirem.
Só não compreendo porquê… eu nunca quis ser chefe de ninguém! Mas se o fosse, teria como regra de vida: a eliminação dos tenentes.
21.3.10
Risonho, o futuro da Escola Secundária de Camões
E a propósito, para quem se interroga sobre o futuro da ciência e da poesia, transcrevo ARS POETICA de David Mourão-Ferreira:
Roubado à natureza o dossier secreto
Patente a analogia entre o fundo do poço
o rosto de Narciso o sangue do incesto
há-de tudo prender-se aereamente solto
Que o verbo seja um espelho
Que não baste no lago a pureza do rosto
A lira é com certeza a mão esquerda de Orfeu
Mas é a mão direita a que revolve o lodo.