Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
14.3.21
No meio das flores
12.3.21
Bicar
Não viemos do mar nem do ar, mas um destes dias vamos bicar. Por maior que seja o problema, o que preocupa é a bica…
Vamos lá bicar que o gota-a-gota pode secar! E tenham cuidado com o Rt!
11.3.21
No estendal...
9.3.21
O advérbio
O advérbio pouco acrescenta e nada modifica. É desnecessário, mas resiste, alapado permanece. Se transformado, encalha na hipálage e ficamos às voltas, a saltar de lugar... à procura da sensação, do instantâneo, do movimento…
Com o tempo, o advérbio vai esmorecendo. Cristaliza, sobretudo se o autor perder a graça ou, pior, se a graça faltar ao leitor…
Naturalmente, as flores... os graffiti, desgraçadamente.
(No dia em que o presidente voltou a tomar posse, cerimoniosamente.)
7.3.21
O garfo
Não posso dizer que tenha assentado praça no quartel de Abrantes, mas tal bem poderia ter acontecido, pois tempos houve em que os praças tinham de se fazer acompanhar do talher, já que as mãos, ferramenta habitual, tinham sido proibidas de fazer chegar o rancho à boca...
Este garfo é resistente, mas pode incomodar, já que há quem considere que pode deixar cair a comida por entre os dentes.
Claro que o queixoso não faz a associação entre o garfo e a forquilha, que a mim me desperta memórias de antanho.
Nos campos, a forquilha levantava o feno e o mato, enquanto o Diabo espreitava a oportunidade... Sim, porque o Diabo continua à espreita…
O garfo é ferramenta antiga. Dom Manuel I já a utilizaria a espaços... era privilégio das Cortes!
Este texto é certamente absurdo. De facto, escrevo-o para não reagir à tese da mente civilizadora, mas racista, do Mefistófeles queirosiano.
Pobre e inútil ironia!
5.3.21
Contra a desinformação
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Zhang Zhan |
Parece que ninguém quer saber… Uns porque já deixaram de pensar; outros porque preferem os negócios e bajular os poderosos.
3.3.21
Se está preocupado...
A PREOCUPAÇÃO:
Quando eu tomo posso de alguém, de nada lhe vale o mundo inteiro; cobrem-no trevas eternas, o sol não se levanta nem tem ocaso para ele; os seus sentidos, por perfeitos que sejam, estão cobertos de véus e de trevas. De todos os tesouros, nada sabe possuir; felicidade e desgraça tornam-se caprichos. Morre de fome no seio da abundância. Sejam delícias ou tormentos, deixa tudo para amanhã. Nada espera do futuro e deixa de ter presente. Goethe, Fausto