7.3.21

O garfo

 

Este garfo não tem história, pelo menos que eu conheça. Já tem uns bons anos, não se sabe quantos. 

Não posso dizer que tenha assentado praça no quartel de Abrantes, mas tal bem poderia ter acontecido, pois tempos houve em que os praças tinham de se fazer acompanhar do talher, já que as mãos, ferramenta habitual, tinham sido proibidas de fazer chegar o rancho à boca...

Este garfo é resistente, mas pode incomodar, já que há quem considere que pode deixar cair a comida por entre os dentes.

Claro que o queixoso não faz a associação  entre o garfo e a forquilha, que a mim me desperta memórias de antanho. 

Nos campos, a forquilha levantava o feno e o mato, enquanto o Diabo espreitava a oportunidade... Sim, porque o Diabo continua à espreita…

O garfo é ferramenta antiga. Dom Manuel I já a utilizaria a espaços... era privilégio das Cortes! 

Este texto é certamente absurdo. De facto, escrevo-o para não reagir à tese da mente civilizadora, mas racista,  do Mefistófeles queirosiano. 

Pobre e inútil ironia!

2 comentários:

  1. Este é um garfo centenário e pode-se considerar uma autêntica arma, tal o tamanho dele.

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