11.6.25

O problema está na cabeça...

Olivais, Quinta Pedagógica
O problema não é de pele nem de sangue. O problema está na cabeça.
De nada serve responsabilizar o passado. A violência atual não é diferente da do passado. 
A pulsão do ódio combate todas as formas de respeito pelo outro, até porque a sociedade abdica da educação... na família, na escola, na comunidade...
Os porquinhos não têm culpa...e as pessoas também não.

9.6.25

O onze inicial deve ficar a cargo da IA...

Mesmo que o senhor Martinez tenha inventado, no final, a seleção venceu a Liga das Nações em terra bávara.
Creio que o objetivo, agora, é ganhar o campeonato do mundo em 2026. Por mim, o senhor Martinez deve manter-se como selecionador. No entanto, o onze inicial deve ficar a cargo da IA... 
Creio que se for esta a opção, no  terreiro onde se move o CR passaremos a ver o Gonçalo Ramos com o João Neves ao lado do Vitinha... 
O capitão Cristiano Ronaldo deve manter-se na função, só entrando em campo em caso de crise...

7.6.25

Sem remissão

Diz-me a Irene Resende (in Os Passos Dados) que estou em falta. Caruma sempre correu no tempo e no espaço, não dando a devida importância ao som. Talvez porque cedo lhe impuseram o silêncio, a obediência... De facto, quando a sala de aula passou a ser espaço de recreio, a Caruma sofreu o efeito do ruido... e começou a dar conta da dispersão. E perdeu-se num registo corrido de incongruências sem remissão...

Por vezes, o som ganhava expressão, por uma ordem inexplicável: os corvos, as cobras, as rolas, os aviões, os automóveis, os melros, os periquitos de colar... os professores nas estações de comboio e de metro...

Hoje, já, não me interessa registar a verborreia do presidente, que se agarra ao cachaço das criaturas.... registar o fracasso dos governos ocupados em satisfazer as respetivas clientelas, em explicar por que motivo cresce o ódio ao emigrante, quando se prefere viver de subsídios...

Continuo afetado pelos ruídos, sem remissão...

2.6.25

Um bunker hotel verde

 

Voltei a Hamburgo. A semana era de férias escolares. Consequência: menos movimento.
No entanto, como fiquei hospedado numa esquina da estação de Altona, tive a possibilidade de observar a complexa rede de transportes que permanentemente expelia e engolia a massa humana que se deslocava em trabalho ou em lazer...
O clima instável convidava o transeunte a adaptar-se à chuva e ao vento, o que me permitiu, por exemplo, entrar em lojas de roupa e de comida, tendo compreendido que os produtos se vendem ao mesmo preço de Portugal, apesar da enorme diferença de remunerações... Fiquei a pensar na margem de lucro das empresas alemãs que estão instaladas em terra lusa...
Não faltam jardins, ditos botânicos, nem a restauração portuguesa, sem, todavia, rivalizar com a gastronomia turca. Também não faltam museus. Só visitei o museu da emigração, que dá conta da deslocação de milhões de europeus (russos, judeus, polaco, alemães) para os Estados Unidos - finais do século XIX até aos anos 30... um verdadeiro êxodo!
E depois há o Elbe e a vida marítima. E a Philarmonie... 
Quanto ao bunker da Segunda Guerra Mundial, em St. Pauli, não cheguei a consultar a diária...

21.5.25

Numa maca entre duas camas

Nos hospitais, há balcões de macas, onde o doente espera e desespera pela libertação de uma cama, nem que seja num hospital satélite ... Ao fim de alguns dias, a família é informada de que o seu familiar foi transferido para uma enfermaria noutra unidade.. 

Só que, quando se procura o doente, acaba-se por encontrá-lo na enfermaria, mas numa maca entre duas camas...

20.5.25

Procuremos os atalhos

 

Deixemos as praças e procuremos os atalhos.
Neste atalho esquecido, mora uma amoreira que não renega a sua missão.
Uma amoreira frustrada, porque os milhares de frutos não chegam a amadurecer.
Talvez porque as amoras lhes pareçam uvas maduras, as aves do lugar e dos arredores devoram-nas ou deitam-nas ao chão.
A frutificação revela-se incompleta porque um agente externo não tem paciência para esperar - a fome é má conselheira.
Como bem sabemos, a fome não explica tudo. É sobretudo, a avidez que nos move e, frequentemente, a ignorância e a estupidez.

Daqui a um mês, já não haverá vestígio de amoras. O mesmo não se poderá afirmar da estupidez e da ignorância...

19.5.25

Aí está o resultado

 

Como cada um sabe o que quer, o resultado das eleições não desmente o caminho que preferimos... À tona, a vacuidade e a basófia, assentes em estacas cada vez mais podres...

Daqui a uns tempos, mudaremos de ideias, mas será demasiado tarde...
Entretanto, as cabeças começam a rolar, e como sempre, umas tantas vão continuar impunes e a brilhar...