30.3.21
O Sol das 18h45
Como não me apetece escrever sobre o estado das coisas públicas e privadas, nem sobre a leitura em curso - Os últimos dias da Humanidade, de Karl Kraus - convido-vos a olhar o Sol que, de súbito, avistei da minha janela.
27.3.21
O marquês
Do marquês ninguém fala… talvez à espera das próximas eleições.
Não gosto de o ver tão silencioso. Parece que perdeu a garra, que vive, agora, na penumbra, a contemplar as águas que, outrora, facilmente, desviava dos povos, deixando-os à sede, apesar das intermináveis vias que ia sulcando.
De costas, o marquês não passa de um espantalho que, perdido o pombal, vai esperando por novo terramoto…
25.3.21
A sombra
Discreta, mas está lá a alterar o verde, invejosa do amarelo.
Talvez não! Involuntária, ficou ali à espera que não dessem pela sua presença ou que simplesmente a eliminassem…
Mas quem quer ser eliminado, discreto, involuntário, sombra?
24.3.21
Será que ando a ver mal?
Este D. João V parece-me diferente do de José Saramago ou até do de Bernardo Santareno. Será que ando a ver mal?
Será que a diferença de representação ainda tem algum significado por estes dias?
Hoje, encontrei-o muito só, a fitar o Convento. Talvez, arrependido de ter cumprido a promessa já que foi o último a saber que a rainha estaria grávida.
Magnânimo, cumpriu e enterrou o país em dívidas, não sobrando ouro (do Brasil) para pagar as reais exéquias…
23.3.21
Olhei e havia menos azul...
Não sei se a culpa é do Cristo se do Salazar, a verdade é que quando olhei havia menos azul… as cores eram mais nítidas. Mesmo assim, fica o registo.
Em Monsanto, tudo parecia sossegado, no entanto não faltavam lugares movimentados, onde uns preguiçavam ao sol, e outros jogavam freneticamente desportos ruidosos.
O policiamento, a cavalo, marcava presença, sobretudo porque as alimárias não se continham, deixando atrás o estrume de que se alimentam as pulgas… e outros parasitas de vária índole.
21.3.21
da poesia do dia
da guerra
a poesia
em março
a vinte e um
os poetas do dia
armam-se de versos roubados
dançam
inebriados de primavera
a vinte e dois
soluçam
os poetas dos dias
traídos
20.3.21
Le Printemps
«Dans une année, la Terre décrit un grand cercle un peu allongé autour du Soleil. Le Printemps correspond toujours à la même position de la Terre qui revient chaque année sur le cercle et les autres saisons aussi reviennent régulièrement chaque année.
Le Printemps: De Mars à Juin c'est la saison du renouveau, tout reverdit, les arbres et les prés, tout fleurit, les oiseaux reviennent et font leurs nids, on sème et on plante dans les jardins et dans les champs, les jours augmentent, le temps se réchauffe. Pâques est la grande fête du Printemps.»
Olívio de Carvalho, J'apprends le Français, Première année du Lycée, Soixante-Septième Leçon, Porto editora
Assim se aprendia Francês… e não só!
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