Tenho evitado comentar os casos do dia: o regresso à escola dos funcionários europeus; o topete dum empregado da RTP, em tempos de "precisa-se colaborador"; a iniciativa auto-formadora de dois agentes da ordem que confundiram uma delegação sindical com uma escola; o desaparecimento da ministra da educação; uma basílica que apenas custou aos crentes 70 milhões de euros; o secretismo das organizações e o cinismo dos dirigentes; a dor de cotovelo de quase todos; e, sobretudo, a indiferença e a descrença da maioria…
Inimigos, marchamos, lado a lado, sobre um campo de minas, sem querer perceber que ainda nos falta aprender a ler. Que ler pode ser uma actividade permanente, a única capaz de nos oferecer uma alternativa à "apagada e vil tristeza" do orgulho, da presunção e da prosápia.
Ler abre-nos a porta da alteridade… e toda a escrita é uma forma de leitura, de epifania…
(Apesar do ruído e do grito, da histeria das confrarias…)
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