São tantos os papéis,
todos empilhados
numa serra fútil
(a aliança salta do dedo
num esgar último)
estes papéis são resposta
a uma única pergunta
cansada de fugas inúteis
De que me servem estes papéis?
Já me vejo arder,
o vento ainda sopra a meu favor,
o cântaro avança sôfrego,
mas eu atravesso os meus papéis
já cinza
De que me servem estes papéis?
De que nos serve querermos sempre mais papéis
ResponderEliminarDos papéis que temos, dos que sabemos, dos que fazemos, de que nos servem os papéis
Apenas porque no espaço que somos sobra um palco, e uma luz de tinta correndo-nos nas veias
De que nos servem os papéis