A Crónica Contos (d) e realidades, de António Souto, publicada na floresta-do-sul.blogspot.com, consegue libertar-me, por momentos, da última sessão do Conselho Pedagógico, toda ela sobre avaliação ou, talvez melhor, sobre a necessidade de manter viva uma imagem que o espelho há muito deixou de reflectir. Sempre que alguém me fala de Urbano Tavares Rodrigues, sorrio por instantes.
Sorrio da sua bondade, da sua leveza, da sua crença na fraternidade e na solidariedade, e, sobretudo, do modo como continua a alimentar essa Instituição que poderia ser a Literatura, se esta não tivesse sido colonizada por uma casta de sacerdotes que, pouco a pouco, nos afastam do gosto da leitura...
Pode não ser verdade, mas, para mim, Urbano Tavares Rodrigues é um homem naïf que nunca me pediu nada, e que os deuses decidiram premiar, deixando-o ficar um pouco mais para que o sorriso não vire esgar.
Nestes dias, também eu gostava de ser um pouco naïf, de sublimar as emoções e de olhar com menos rigor as vagas alterosas do deserto que cresce de norte para sul. Ou será ao contrário?
Enfim, de um naïf não se pode esperar que ele tenha a noção de perspectiva!
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