Usualmente, as peças movem-se num ritmo lento, ocupando os lugares que lhes são destinados. Tudo parece encaixar: o especialista expõe o fruto da sua longa investigação, e nós ouvimos, deslumbrados...
Na 4ª feira, Aquilino Ribeiro Machado trocou as voltas ao destino. Acordou-nos da modorra, deixou-nos curiosos e sorridentes. Afinal, a cultura ainda desperta os olhares mortiços e suspende os dedos dos telemóveis.
Basta um alfinete para acordar um piano...
Na 5ª feira, Rita Ferro deslumbrou a plateia, na comodidade e sonoridade da palavra, e deixou Raúl Mesquita, autor de "O Pai e os Outros", à procura de coisas boas e divertidas no Auditório. Será que as encontrou?
Na 6ª feira, Adelaide Canas, no extremo oposto da velha mesa, irmã silenciosa de Aquilino Ribeiro, cercada das altas estantes prenhes de livros desertos, prepara meticulosamente as últimas aulas de uma vida votada a um magistério que, entretanto, perdeu a grandeza que, outrora, regenerava as nações...
E fenecem teclas de piano amotinadas na pirueta de um alfinete...
As última aulas da Professora Adelaide Canas...
ResponderEliminarJá chegou a aposentadoria? Não me dê tal desgosto...
E tudo se confirmou. Perdi a melhor professora que alguma vez tive, e penso que uma justa homenagem da escola não seria má ideia.
ResponderEliminarVou falar com a professora Isabel, concorda?
Terei que concordar com o Filipe.
ResponderEliminarTudo soa um pouco apocalíptico mas sim, é verdade, também perdi a melhor professora que alguma vez tive.
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