(No dia 31 de Janeiro de 2011, Teatro Nacional D. Maria II)
Só um herdeiro português poderia pensar que Penélope pudesse morrer de tédio! Tecer projectos megalómanos, comer e beber, cortejar são as únicas acções que valem um esforço.
A espera de Penélope mais não é do que a rejeição do tédio que resultaria da substituição do amado Ulisses por qualquer outro pretendente ambicioso…
Em GLÓRIA de Cláudia Lucas Chéu, o caminho é o do ensimesmamento de Telémaco (PATHOS), a braços com um sentimento espúrio que lhe atira o discurso para a revolta contra um pai ausente que descura a mãe e a pátria (…) Os jogos de linguagem, o mimetismo e o calão tornam-se nucleares no texto dramático…, levando à assunção de um discurso frequentemente grotesco, porém salvo pela recriação de AlBANO JERÓNIMO.
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