O sonho da ascensão materializa-se, na maioria dos casos, em objetos utilitários e / ou simbólicos. Estes representam o poder e a vaidade humana - e exigem criatividade.
Hoje, ao atravessar a Praça D. Luís (Lisboa), repeti a sensação que, outrora, sentira no Largo Sá da Bandeira (Santarém): a arte, em regra, serve a megalomania do homem e o criador pouco mais é do que um servo.
Entretanto, entre estes dois tempos, experimentei e desafiei a profecia, sem nunca ter realizado a sonhada ascensão familiar, sem nunca ter compreendido a vaidade humana, pois, cedo, saboreei o pó de que somos feitos…
Desfeito o oráculo, a vertigem do pó entranhou-se definitivamente em mim, tornando-me estranho a tudo o que deriva do TER / do PODER.
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