O euro da periferia vale cada vez menos porque o país faz apostas erradas há mais de 30 anos, designadamente na vertente educativa. Voltámos as costas ao Atlântico, abraçámos sofregamente o euro, sem qualquer interiorização da identidade europeia. Turistas apressados, eliminámos a fronteira, caindo de chofre nos braços dos credores.
A falta de cultura europeia impede-nos de dialogar, olhos nos olhos, com os dirigentes europeus, e, mais grave, impede-nos de desenhar um sistema educativo transnacional capaz de nos tornar parceiros e não pedintes…
As apostas de Crato são empobrecedoras porque visam recriar um nacionalismo bacoco imbuído de rigor positivista e, sobretudo, porque a escola pública programa a desigualdade entre os portugueses… A Crato falta visão europeísta e sem ela qualquer revisão curricular não passará de um ersatz…
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