17.2.21

Desço...

 

De manhã.

No silêncio, só os pavões dialogam entre si. Sobre o quê? Nunca soube. 

(Ouço-os com alguma frequência, estridentes.)

Na árvore, em silêncio, periquitos de colar esperam que o Sol lhes devolva a zoada.

Eu desço, junto ao muro, sem plano, apenas atento ao movimento de um ou outro carro...

Desço só, a pensar na próxima curva, na incerteza que ela esconde, porque tudo o resto é algaraviada.

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