20.5.21

Amoreira

 

Pensei ter visto um melro na amoreira, mas deve ter sido ilusão ou, então, voou sem que me tenha apercebido… talvez as amoras me tenham distraído…
… o que pensamos ou o que dizemos, que raramente é o mesmo, pouco nos diz sobre o lugar onde estamos, como se a circunstância fosse importante…
Habituámo-nos a tudo justificar, pondo-nos de parte, e atribuindo o inferno aos outros, apesar do que Freud nos quis explicar - fora das palavras sãs ou nevróticas nada corre. Triste dicotomia!
Donde é que surgiu esta amoreira de maio? Donde é que surgiu esta ideia de que somos porque pensamos? … desejamos?
Não viemos da Ásia nem criamos bichos da seda, não atravessámos o deserto para aqui chegar, nem sequer nos deitamos ao mar para atravessar… ou morrer, sem palavras.

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